quinta-feira, 28 de junho de 2012

Brilho na escuridão

Do Correio da Bahia

O cantor, compositor e guitarrista americano Jack White, 36 anos, tem um urubu pousado no ombro direito na capa do seu primeiro álbum solo, o ótimo Blunderbuss (Sony Music). Além da ave negra, o trabalho apresenta canções com letras sobre perdas e mudanças.
A 13 canções mesclam as várias referências musicais - blues, country, rock e até hip hop - de Jack White e refletem o fim do casamento do artista com a modelo Karen Elson em 2011. Mas apesar da capa e da temática sombria que acompanha o trabalho, Blunderbuss tem se mostrado muito iluminado.
Nos Estados Unidos, por exemplo, econtra-se há oito semanas na parada de álbuns da revista Billboard, na qual estreou em 1º lugar, mesmo feito conseguido na Inglaterra e no Canadá.

Rompimentos - A repercussão positiva deixou Jack White muito feliz, claro. "As pessoas costumam achar que rompimentos são sempre trágicos. Não são. O fim de uma banda ou de um relacionamento não é necessariamente negativo", diz o músico, que explora mais os teclados em Blunderbuss, mesmo sem tirar o peso das guitarras.
White, que se casou com Karen Elson em Manaus, em 2005, ganhou projeção com a dupla White Stripers - fundamental paar se entender o rock da era 2000 - e depois liderou os grupos Raconteurs e Dead Wearher.
"Meu álbum solo foi um acidente. O White Stripers acabou e os integrantes do Raconteurs e doDead Weather estão muito ocupados com suas outras bandas. Essas músicas que eu coloquei em Blunderbuss começaram a surgir e eu me vi sozinho, mas nada foi planejado", conta.
De qualquer modo, não é fácil acompanhar a mente de Jack - e ele faz questão de manter a aura dark e enigmática. Quem o segue desde o começo da carreira sabe disso. Primeiro, ele injetou blues no indie rock e  popularizou um formato de banda com apenas duas pessoas, só com guitarra e bateria, sendo que Meg White nem era uma boa instrumentista.
No auge do White Stripers, ele inventou outra banda com amigos e, na sequência, um supergrupo indie com músicos que tinham outros grupos famosos. Agora, brilha solo evocando o melhor do seu passado e, como se não bastasse, montou duas bandas para os shows: uma de homens, outra de mulheres.

Thom Yorke - No começo de junho, Thom Yorke, vocalista do Radiohead, deixou no ar a possibilidade de uma parceria com White, mas não explicou o porquê. Num show nos EUA, Thom dedicou Supercollider ao guitarrista e disse que havia se encontrado com ele.
Na semana passada, em Nashville, Jack White confirmou o encontro com Thom. Ao que parece, a música deve entrar no próximo álbum do Radiohead. Vamos torcer.
















Álbum: Blunderbuss
Artista: Jack White
Produção: Jack White
Gravadora: Sony Music

Dia Mundial do Rock - Camaçari 2012

- Quando: 15 de julho, às 15h
- Onde: Espaço Armazém (Camaçari de Dentro - Camaçari)

- Quanto: R$10 + 1kg de alimento (a venda na loja Lidiane Macedo e Sofia Bijuterias)
- Bandas: Psicopop, Diário Urbano, O Manto, Pastel de Miolos, Velotroz, Camarones Orquestra Guitarrística e Vivendo do Ócio

terça-feira, 26 de junho de 2012

Planeta Terra 2012 começa a divulgar line-up do festival


Da MTV

Finalmente, o aguardado line-up do Planeta Terra 2012 começa a aparecer. Por enquanto, Gossip, Kings of Leon, The Macccabees e Azealia Banks são presença confirmada no festival paulistano, que deixará o Playcenter e será realizado no Jockey Club de São Paulo, mesmo local do Lollapalooza. O evento acontecerá no dia 20 de outubro.
Ingressos
Os ingressos para o Planeta Terra 2012 começam a ser vendidos no dia 3 de julho, terça-feira, à meia noite. A venda será feita pelo site Livepass, e cerca de 30 mil ingressos devem ser comercializados, 10 mil a mais que as últimas edições. Haverá esquema de pré-venda exclusiva para clientes Ourocard, do Banco do Brasil, a partir da meia-noite do dia 3 de julho. O preço para estes ingressos será de R$ 240; já para o público em geral, a venda começa à meia-noite do dia 5/7, com valor de R$ 290. O terceiro e último lote custará R$ 330 – todos os lotes terão opção de meia-entrada.
O Planeta Terra foi criado em 2007 e já se consolidou como um dos principais festivais de música de São Paulo. Já passaram pelos palcos do Terra bandas como The Strokes, Pearl Jam, Pavement, Kasabian, Kaiser Chiefs, Phoenix, The Offspring e muitos outros.

Além do Is This It


Por Emile Lira

Is This It é um dos melhores discos que existem. Sim. Não simplesmente um dos melhores do rock, ou do indie, ou somente dos Strokes. 
E por ter a capacidade de criarem um disco tão bom assim, os novaiorquinos são acusados de serem 'uma banda de um disco só', como se os outros três álbuns lançados fossem tão ruins a ponto de se tornarem desprezíveis.
Room on Fire, First Impressions Of Earth e Angles são trabalhos muito bons - de verdade, que não conseguiram alcançar a maestria do Is This It, mas que  não decepcionam e não merecem serem colocados no fundo da estante, esquecidos e empoeirados. 
Os Strokes é uma banda que estreou de forma brilhante, mas que conseguiu permanecer como referência de indie rock  de muita qualidade, seja com Last Nite, Reptilia, Juicebox ou Under Cover of Darkness.

Disco dos Rolling Stones pode ser produzido por Jack White


Da MTV Br



"É sempre uma possibilidade", respondeu Keith Richards ao ser perguntado sobre a possibilidade de Jack White produzir o próximo álbum dos Rolling Stones. "A porta está bem aberta", disse o lendário guitarrista à revista Rolling Stone.

No mês que vem a banda britânica, que completa 50 anos de existência em 2012, deve discutir os planos para gravar um novo disco e uma possível turnê em 2013. Apesar das especulações sobre uma possível comemoração neste ano (foram cogitadas turnês, músicas inéditas e até a abertura dos jogos olímpicos de Londres), os Stones ainda não fizeram uma 'celebração oficial', por assim dizer.

Keith Richards afirmou que deve se encontrar com os demais Stones no próximo mês para definir o cronograma da comemoração de 50 anos de banda. "Adoraria ver as canções que temos [...] Gostaria de editar algumas faixas", disse.
Sobre Jack White, Keith Richards parece entusiasmado. O ex-White Stripes já produziu álbuns de Wanda Jackson e Loretta Lynn, além de ter lançado pelo seu selo – 'Third Man' – discos de Beck, Laura Marling e outros. Em 2002, White e a banda fizeram uma gig juntos; os dois guitarristas, ambos grandes discípulos do blues norte-americano, gravaram uma faixa em 2009 – a música, porém nunca foi lançada. "Se Jack quiser lançá-la, eu provavelmente diria: 'Yeah'", declarou Keith Richards.

Da parte de Jack White, ainda não houve uma resposta formal. Recentemente, o músico atacou a influencia da tecnologia no hábito de ouvir música. Adepto do vinil, chegou a declarar que "não há romantismo em cantar num iPod".

Vespas Mandarinas lança teaser do primeiro disco

Por Faustino Menezes

Ex-integrante do Forgotten Boys e atual VJ da MTV, Chuck Hipolitho se prepara pra lançar o primeiro disco da sua nova banda, a Vespas Mandarinas, que ainda conta com Thadeu Meneghini, André Dea (Sugar Kane) e Flávio Guarnieri na formação. 

No YouTube já tem teaser do disco. Confira: 



Assista a outros vídeos da banda no canal oficial deles clicando aqui.

Blur postará duas músicas novas no Twitter


Do Rolling Stone EUA

Em um novo teaser postado no YouTube, o Blur anunciou que divulgará duas novas faixas ao vivo no Twitter. Conforme o baixista Alex James narra, o vídeo corta para cenas idílicas da cidade de Londres (presume-se), com alguns cortes estranhos para imagens do Blur ao vivo. James revela que a banda estreará duas novas músicas, "Under the Westway" e "The Puritan", e que terá streaming das performances em seu perfil oficial no Twitter. As duas canções foram compostas pelo Blur para o show que o grupo vai fazer no Hyde Park em 12 de agosto, coincidindo com a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos em Londres.
"Isso é algo que acontece com incrível raridade e não se sabe se acontecerá de novo, se esse é o final ou o começo do próximo capítulo”, diz James no vídeo. As duas músicas estrearão em 2 de julho no Twitter do Blur, com "Under the Westway" indo a oar às 14h15 e "The Puritan" às 15h15, no horário do Brasil. Uma edição limitada de vinil de sete polegadas com as faixas sai no dia 6 de agosto.


Biografia de Amy Winehouse escrita pelo pai chega ao Brasil em agosto

Do Vírgula


No livro, Mitch Winehouse relembra a vida da filha, morta em julho do ano passado após anos de consumo excessivo de álcool e drogas.
De acordo com a editora Record, responsável pela publicação do livro no Brasil, a obra ainda irá revelar todas as circunstâncias que levaram Amy à morte.
Amy, Minha Filha ainda terá fotos inéditas da cantora e cartas escritas a mão por Amy, algumas em seu último ano de vida.
Em uma delas, Amy demonstra muito carinho e bom-humor ao conversar com o pai. A correspondência foi enviada em 14 de fevereiro de 2003, durante as gravações do álbum de estreia de Amy, Frank.
"Querido Papai, eu te amo muito e não posso esperar para te ver outra vez em algumas semanas", escreveu. "Eu estou trabalhando, mas não gastei um centavo. Gastei alguns milhares de dólares, mas nenhuma moeda. Eu estou brincando".

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Vivendo do Ócio lança webclipe da música "Eu Gastei"

Por Faustino Menezes


O que você consegue fazer com um iPhone, um rolo de fita adesiva, um cara doidão na noite de São Paulo e uma câmera? A Vivendo do Ócio fez um web clipe! Ou melhor, Luca Bori fez um web clipe para a Vivendo do Ócio. Dirigido, gravado e editado pelo baixista, o web clipe de “Eu Gastei” é um vídeo que impressiona pela idéia tirada do puro ócio, especialidade do quarteto baiano.

Um pesadelo e um celular na boca! O personagem do clipe, cuja sua identidade não é revelada pela banda, convive o clipe inteiro com isso. Acorda, como se “Eu Gastei” fosse seu despertador, no meio da madrugada, pra ir à rua... Dar uma de Michael Jackson! A calmaria da madrugada vazia do bairro da Pompéia, cenário do clipe, é interrompida por um maluco que gasta sua vida dançando, como um maluco que não tem controle dos seus atos e da suas palavras (resultado do celular na boca) e que tem como “Eu Gastei” o enredo dela. Ele pode ser qualquer um que mergulhe de cabeça na canção.

O clipe é psicodélico, mas pode ser classificado como bizarro também. Mas, segundo Luca, essa era a idéia da banda. “A gente já vinha pensando em fazer um clipe ‘bizarro’ há um tempo e essa idéia do pesadelo veio na hora certa. A música ‘Eu Gastei’ cabia perfeitamente!”.  Mas e o celular? De onde Luca tirou isso? “Eu já tinha visto não lembro onde, talvez na TV e achei bem interessante trazer isso pra um clipe, encaixava bem com o roteiro do pesadelo”.

Agora você mesmo pode conferir e tirar suas conclusões sobre o novo web clipe da Vivendo do Ócio: “Eu Gastei”.



Agora na internet, a banda e os fãs estão tentando subir a tag #EuGastei. Ajude! E vamos fortalecer o rock oriundo da Bahia! 

Lembrando também que em breve, dia 15 de julho, Vivendo do Ócio toca aqui em Camaçari, no Espaço Armazém. Vai ser gastação total!

terça-feira, 19 de junho de 2012

O poeta triste do rock

Do Obvious


Ian Curtis, vocalista dos Joy Division, foi encontrado morto em Macclesfield, numa manhã de domingo, 18 de Maio de 1980. Tinha 23 anos. Havia cometido suicídio. Ian estava no momento envolvido nas gravações de um novo álbum, um novo single, e em vésperas de embarcar na primeira tournée internacional com a banda pela América...nascia o mito.
Primeiro estranha-se, depois há um choque profundo na nossa alma, depois tudo se adoça perante a beleza sombria e crua dos poemas de Ian Curtis, acompanhados pelas melodias envoltas em neblina sonora, ritmo militar de bateria e um sentimento profundo em cada riff dedilhado. Não é fácil tornar a ser a mesma pessoa após conhecer esta extraordinária banda. E isso não é de todo, mau. De facto, é maravilhoso.

Tudo começou quando, em 1976, Ian Curtis conheceu os seus futuros colegas de banda num concerto dos Sex Pistols em Manchester. Eram eles : Bernard Sumner na guitarra, Stephen Morris na bateria e Peter Hook no baixo. Ofereceu-se para vocalista e compositor. Nasceram então os Warsaw, versão punk da futura banda, os Joy Division que viriam a durar de 1976 a 1980. São talvez, a banda mais famosa do post-punk. Editaram apenas dois álbuns, pela Factory, editora do famoso Tony Wilson. O álbum Unknown Pleasures de 1979 e Closer de 1980. No entanto, foi com o single Love Will Tears Us Apart lançado após a morte de Ian Curtis que se tornaram famosos.Passaram a figurar na história da música mundial.
Ian sempre gostou de musica, de literatura, especialmente de poesia... desde pequeno. Com o surgimento do punk e do lema “Do it Yourself” (faz tu mesmo), a possibilidade para qualquer jovem amante de musica subir a um palco nunca foi tão real. As portas abriram-se nesse sentido e qualquer um poderia de facto, mesmo não sendo tecnicamente assombroso, ter uma banda e possível sucesso.
Não é o caso dos Joy Division, eles sabiam bem tocar e o que faziam. Conheceram-se desse modo ainda o punk vigorava e acabaram por ser pioneiros no que se seguiu : O post-punk. Uma resposta antagónica ao punk. De facto a musica dos Joy Division é intimista, mais virada para as emoções humanas, sombria, com melodias simples mas negras, profunda pela poesia das suas letras que tanto roçavam o auto-retrato da alma de Ian Curtis, mas ao mesmo tempo também podia ser dançável e enérgica. Alguns exemplos dessa obscuridade devastadora são as musicas : Decades e The Eternal do segundo e póstumo álbum Closer. Este álbum surge aliás, como uma coincidência macabra, visto que o próprio titulo, a art-work da capa principal ( Uma lápide do cemitério Staglieno,em Génova, Itália) e a sonoridade pesada parecem prever o que de facto iria acontecer : Ian enforcou-se na sua cozinha em Macclesfield, segundo a lenda ouvindo o álbum The Idiot de Iggy Pop.
Ian sofria de epilepsia. Nos anos 80 a cura para esta doença ainda passava muito pela combinação de vários medicamentos de modo a se descobrir a formula mais eficaz de controlo dos ataques. No entanto, além dos efeitos secundários, a doença não era de modo algum compatível com o modo de vida de “ rock star” que Ian levava. Após o sucesso do álbum Unknown Pleasures, em 1979, o primeiro da banda, a epilepsia de Ian começava a agravar-se em palco. Tanto que começa a tornar-se uma espécie de dança em transe espiritual para quem assistia...O público ignorava estes factos estando longe de imaginar que o que se passava na realidade é que ele tinha fortes crises epilépticas em plena actuação. A sua vida pessoal também era atribulada conhecendo-se a ligação extra-conjugal com Annik Honoré enquanto mantinha o casamento com Deborah Woodruff, casados quando ele apenas tinha 19 anos e ela 18 anos. Pelo meio nascera Natalie que tinha apenas um ano quando o pai partiu.

Existem sobre Ian actualmente centenas de biografias online, livros e até um filme bastante agraciado pela crítica : “Control” de Anton Corbijn. Control é um filme biográfico a preto e branco sobre a vida e a morte de Curtis, relatando os primórdios da banda e a sua vida conjugal até ao seu suicídio. Foi escrito a partir do livro da esposa de Ian, Deborah Curtis, intitulado Touching from a Distance. O filme estreou em 2007, abriu o Festival de Cannes desse ano com óptimas críticas ganhando pelo meio diversos prémios cinematográficos independentes.
Os poemas de Ian Curtis são de uma beleza inebriante, por vezes chocante, de tão explicitamente nos confrontar com os seus medos, frustrações e desesperos e consequentemente, ir ao mais intimo de nós próprios. Além do inegável talento, este ser possuía uma voz de barítono inconfundível. Foi pioneiro como compositor, no sentido em que até ele, ninguém tinha exposto tais destroços emocionais como alienação, isolamento, um amor acabado... de maneira tão frontal. Atinge-nos como uma bofetada directamente ao coração. Após Jim Morrison, Ian Curtis foi provavelmente o seguinte poeta do Rock, mas mais amargurado, castigado pela doença, pela personalidade melancólica, pelos problemas conjugais e pelo crescente sucesso da banda. Ian é mais uma prova que a morte, infelizmente, engrandece.
E enquanto tremia e gesticulava em palco, vestido de negro, olhos azuis brilhantes… assim cantava :

"Mother I tried please believe me,
I'm doing the best that I can.
I'm ashamed of the things I've been put through,
I'm ashamed of the person I am
Isolation"

"Mãe, eu tentei, por favor acredita em mim
Estou a fazer o melhor que posso
Tenho vergonha das coisas que tenho feito
Tenho vergonha da pessoa que sou
Isolamento"

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coletânea comemora 15 anos dos Los Hermanos

Por Emile Lira

Nesse ano os Los Hermanos completam 15 anos de carreira, e mesmo separados desde 2007, o quarteto comemorou em alto estilo o tempo de estrada. Os barbudos presentearam os fãs com uma turnê festiva que percorreu 11 cidades brasileiras e com o relançamento de seus quatro discos em formato LP. Mas outra grande novidade para o ano especial foi a coletânea Re-Trato, produzido pelo site Musicoteca, com as músicas dos Hermanos regravadas e repaginadas por artistas nacionais independentes. São dois álbuns, que incluem bandas como Do Amor, Nevilton, Velhas Virgens, A Banda Mais Bonita da Cidade, hidrocor e a baiana Maglore. Quem quiser conferir, pode ouvir, baixar a coletânea e ilustrações das canções no endereço http://www.amusicoteca.com.br/?p=6425

A Day in the Life: The Beatles 50 anos

- Quando: 13 de julho, às 20h
- Onde: Teatro da Cidade do Saber (Rua do Telegrafo - Camaçari)

- Quanto: R$20 (inteira) R$10 (meia)- Bandas: Urublues e Orquestra Beatles de Camaçari
- E mais: Participação de Armandinho, Bule Bule, Nadja Meireles, Paulinho Boca, Fernando Barreto

A alma musical de Otto

Por Emile Lira


“Tento entender um pouco mais da alma, (...) que me faz dançar nesta festa”. Filho de Belo Jardim, cidade localizada no agreste pernambucano a 187 km da capital Recife e reconhecida por ter a música como uma tradição enraizada a sua terra, o cantor Otto pode afirmar que carrega esta arte em sua alma e em sua história.  Com os tambores, o artista fez os sons percussivos da Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, bandas que misturavam o maracatu, ritmo regional do Recife, com rock, batidas eletrônicas e hip hop.
Sem deixar de lado o regionalismo nem a música sintetizada, Otto saiu do fundo dos palcos e partiu para carreira solo, assumindo-se como cantor e gravando o disco Samba pra Burro.  Nas músicas, cantadas com o sotaque tipicamente pernambucano, as melodias dançam como cantigas de roda, com uma leveza que flutua no ar, como sugere o título do seu terceiro álbum, Sem Gravidade, “no sentido de não ter problema. Está voando, sem chão” explica.
Os olhos azuis e os cabelos louros denunciam sua origem holandesa, mas no sangue ele carrega mesmo é o amor pela brasilidade, e, sobretudo, pelo nordeste; não cantando suas mazelas, mas trazendo a simplicidade da região. “Uma casa pequena com uma varanda chamando as crianças pra jantar (...)”, ele compõe com zelo. É um intimismo aconchegante.
Hoje ele caminha de forma independente. Longe das gravadoras lançou o Certa Manhãs Acordei de Sonhos intranquilos. É como o despertar de mansinho, chamando para um novo dia ensolarado, e ao contrário do título, a tranquilidade é a morada das canções. Otto canta e clama, sem levantar bandeiras, sem gritar aos quatro cantos, ele canta com a alma e consegue encantar.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nem tão diferentes assim

Da Revista Bequadro


De onde menos se espera, caminhos se encontram. Foi esse o mote desse papo com Luiz Caldas e Vandex. Começo a apresentação pelo segundo, obviamente menos conhecido. Evandro Botti foi baixista da Úteros em Fúria, uma das bandas referência do rock baiano da década de 90, quando o gênero ainda brigava com o axé business. A Úteros acabou durando só o tempo de um disco, mas continuou marcante. Apelei para um hiperbólico ‘obviamente menos conhecido’ para acentuar o quão famoso é Luiz Caldas. Talvez, hoje, não se reconheça isso, inclusive os fãs da axé music, gênero que Luiz foi o primeiro representante. Mas, quem tem mais de 30 anos sabe. Luiz Caldas fez muito sucesso: discos de ouro e platina, habitué do programa do Chacrinha e música em abertura de novela. Ou seja, o criador do axé era uma estrela pop na década de 80, período do desabrochar do BRock. Nossa conversa caminha pelas origens de cada artista e, vejam só, descobre o quão ligados eles são. Das bandas de baile de Caldas, que lhe deram a pegada pop, às gravações da Úteros em Fúria, feitas durante um Carnaval. Esses dois gêneros, outrora tão antagônicos, ora se cruzam, ora se contrariam. Tá confuso? Então, tente entender um pouco mais a seguir. Afinal, tudo faz sentido quando o negócio é música. 

Ronei Jorge – Quando você fez sucesso, nos anos 80, o rock estava em evidência e você era uma figura diferente. Como era a abordagem da mídia em relação a você, Luiz? 
Luiz Caldas - Eu era um diferencial justamente por estar trazendo um estilo diferente, que ganhou o nome de axé music. Mas os colegas também curtiam muito, porque quando tem um trabalho forte e coerente não tem uma disputa. Então, em nenhum momento eu fui rechaçado. 

RJ- Não era uma coisa do tipo você é de uma turma e eu sou da outra... 
LC - Pelo contrário. 

RJ - A gente via que existia, às vezes, um discurso marcado, pautado pelo rock inglês e americano. Então, eu queria saber, você se sentia, assim, menos... 
LC - Importante? 

RJ - Não, porque importante você era. 
Vandex - Pertencente? 

RJ - Você sentia que a imprensa não estava preparada pra lidar com seu trabalho? 
LC - Eu era, assim, um produto bizarro em comparação ao que era apresentado no Chacrinha, de forma geral. As minhas roupas, a androginia, a coisa de andar descalço, brincos grandes... Ou seja, eu levei uma música nova, uma atitude nova, com interação entre o público e o artista no trio. Essa coisa da coreografia veio comigo. Aquela coisa toda, mesmo que fosse uma bobagem, num programa como o Cassino do Chacrinha, pô, era maravilhoso. Ele mesmo fazia questão e dizia: “Podem chamar quem vocês quiserem aí, mas Luiz e Magal têm que vir...”. Então, claro que a imprensa não tinha nenhum preparo pra isso. Eu fazia parte, naquele momento, de uma grande festa, com o nascimento de grupos que hoje estão aí com 30 anos. Nunca vi nenhum problema nisso, pelo contrario. Acho que foi até... 

RJ - Agregador... 
LC - Isso, agregador. 

RJ - Vandex, então eu vou lhe fazer a mesma pergunta. Na sua época, a Úteros fez um disco, tinha clipe na MTV, num período em que a música baiana estava em ascensão. Como era fazer rock em Salvador? 
V- Acho que a coisa foi mudando muito, né? A gente começou a banda no final dos anos 80 e tinha que se colocar, até em termos de som, porque a nossa proposta devia ser pensada de acordo com o próprio rock’n’roll que rolava na época, o pós-punk... Então, era toda uma virada de padrão sonoro que estava se estabelecendo e a gente tinha que propor alguma coisa. Começou a moda de cantar em inglês... A gente na Bahia tinha uma coisa especial porque a indústria da axé permitiu a criação de estúdios como o WR, que possibilitou a gravação do nosso primeiro disco. A Úteros gravou o disco durante o Carnaval porque o estúdio estava vazio. A gente estava no melhor estúdio, com tudo disponível pra a gente tirar um som de rock. Foi graças a essa estrutura que a gente conseguiu gravar o nosso primeiro disco e eu acho que hoje também a gente vê que a axé tem uma estrutura de produção que pode ser utilizada por qualquer som. 
LC - Isso que Vandex falou é muito importante, porque a axé music cresceu muito na parte comercial depois dos anos 90, quando foi deixado para trás qualquer rastro de criação, entendeu? E aí agregou o quê? Roupas, telões no fundo do palco... Porque todos os shows, de certa forma, estão calcados em covers, vamos dizer, de artistas que deram certo e que nem sempre são tão bons assim pra serem imitados, a meu ver. E justamente nesse momento o crescimento do rock foi fundamental também. Mas você via o rock sempre pelas lacunas, porque o monstro da cultura da axé music trabalhava em detrimento de outros estilos. Chegavam numa rádio e pagavam R$ 50 mil pra poder tocar o disco deles e pagavam mais R$ 40 mil para não tocar determinado disco...

RJ - Como é que você via o rock? Se é que você via... 
LC – Via, sim. Agora, eu não tinha como encostar tanto no rock’n’roll por questões de gravadora. Isso foi afastando qualquer ligação, porque o cara não podia chegar e se ‘contaminar’, vamos dizer assim, nem o rock com a música de trio elétrico e nem o trio elétrico podia se contaminar com o rock, na visão dos donos de gravadora, entendeu? Muito doido, porque existe coisa mais rock’n’roll do que Armandinho tocando guitarra baiana? 

RJ - Amigos meus mais velhos dizem que, na época, o rock ao vivo eram os trios, era ver Armandinho, Acordes Verdes... Fazendo o nosso mea culpa, né, Vandex? A gente também se afastou, porque o nosso grito de liberdade era meio que: “Porra, se ninguém quer a gente, então também a gente é contra...” 
V - Eu acho que é isso... Eu queria perguntar pra Luiz justamente como é que se deu esse início, porque quando a gente vê, em termos de som, a coisa não tem muita diferença. Quando o cara começa a tocar, as influências regionais vêm, as influências estrangeiras vêm e o cara não fica tomando consciência do que é rock, do que é axé... Já fui dono de estúdio de ensaio, já vi o cara que vai fazer um pagode depois tocar Nirvana na mesma pegada. Como foi essa transição aí, das bandas de baile do final dos anos 70, que também faziam axé? Hoje em dia todo mundo virou axé. 
LC - Veja bem, eu comecei tocando em baile com 7 anos de idade. Já tocava aqueles artistas todos da Motown e do rock... 
V - Pra fazer baile no interior da Bahia... 
LC - A gente tocava tudo, porque o baile começava às 10h da noite e ia até as 5h da manhã, colando uma música na outra. Porque não podia parar com o povo dançando, né? Aí, a gente misturava tudo mesmo. Começava com Creedence e terminava com Agepê. Tinha que tocar no mesmo gás. Então, a gente não tinha tempo para levantar bandeira de nada, a bandeira era só a da música, saca? Para responder o que você perguntou, essa mudança veio, justamente, quando eu cheguei no trio elétrico, porque só se tocava frevo, que é da cultura pernambucana. E, por mais diferente que seja o nosso frevo e por mais genialidade da família Macêdo e de Moraes Moreira, não era a cara da Bahia. 

RJ - E isso acabou sendo a sua marca, né, Luiz? A gente ouve a coisa da tradição do trio, mas vê que você tem influência da musica pop... 
LC - O disco Magia tem salsa, merengue, rock, samba. É uma mistura muito grande. Porque eu não faço distinção musical, eu só vejo o seguinte: tem dois tipos de música, a bonita e a feia. 

RJ - Vem cá, Vandex, Apu (guitarrista da Úteros em Fúria) casou com Sarajane, a primeira popstar feminina do axé... Por conta dela, vocês começaram a conhecer coisas também de outro universo? 
V – A música se dá de uma maneira orgânica e foi isso justamente que aconteceu com Apu e Sara. Apesar de pertencerem a gêneros musicais diferentes, eles estavam na Bahia fazendo som e se conheceram... Sara acabou ajudando muito a Úteros em Fúria. Acho que é isso, na prática, todo mundo quer fazer música. Mas, na verdade, é a política da música baiana que faz essas divisões, esse rótulos. Agora, se a gente quer fazer um som diferente, tem que aproveitar o que tem de bom de cada um e fazer com que a coisa apareça. 

RJ - Você lançou dez discos de estilos diferentes em um ano, Luiz. Vai fazer um show segmentado ou é um show que você pensa em misturar tudo? 
LC - Na realidade, são 280 músicas, tudo inédito. Mas isso não quer dizer que eu vá tentar condensar tudo isso em um espetáculo. Isso não existe. Fiz um caleidoscópio musical como se fosse um registro de vários estilos. 

RJ - Vou perguntar para os dois: da música baiana, em geral, o que vocês têm ouvido que destacariam? 
LC - Olha, infelizmente, no momento, eu não estou escutando praticamente nada. Fui convidado para participar de um disco tributo ao Nirvana e fiquei trabalhando num arranjo diferente. Quando estou compondo não posso correr o risco de estar ouvindo muito porque acabo me influenciando. 

RJ - Vandex? 
V - Têm várias bandas que eu curto. Eu fiz um show com a galera da Suinga, que trabalha muito o ijexá e o ijexá tem tudo a ver com o rock’n’roll. 

RJ - Luiz, achei muito boa sua apresentação no programa Chico & Caetano... Caetano faz uma apresentação enorme falando de você, muito bacana... 
LC - No início de minha carreira nacional, Caetano Veloso me apresentou no Fantástico também e sempre com o maior carinho. Ele sempre foi assim, uma pessoa muito carinhosa com a música em geral, por isso que eu gosto muito dele. 

RJ - Voltando à questão dos anos 80. Acho que já vi Lulu Santos uma vez, se não me engano, dizer: “Esse pessoal tá perdendo tempo com rock inglês, Luiz Caldas está aí, é o nosso Prince”. Como é a sua relação com essa música que você fazia no passado? 
LC – Tudo vai e volta, ninguém fica parado num lugar só. É, por exemplo, a resposta que eu poderia dar até em uma pergunta que você fez antes sobre os anos 80. Eu andava em todos os meios musicais, não tinha nenhum grilo. Pô, Caetano e Chico eram a nata da MPB condensada e eu estava ali com eles num dia muito bom, que tinha Rita Lee, Bethânia. Foi maravilhoso, eu, ali, guri, no meio de monstros sagrados que me receberam da melhor forma possível. 

RJ - Você já ouviu a Úteros em Fúria? 
LC - Lógico. Para o rock daqui da Bahia eu tiro o chapéu mesmo, é muito mais interessante do que o rock paulista. 

RJ – Vandex, o que você indicaria pra Luiz ouvir? 
V - Eu indicaria a Suinga... 

RJ - Quando terminou a Úteros, você sentiu essa abertura musical também, Vandex? De, tipo, “agora eu não sou mais um cara do hard rock?”. 
V - É, a Úteros fechava mais, né? Sinto que a gente também perdeu um pouco, por culpa nossa, a virada dos anos 90, que foi justamente por bater muito na tecla de cantar em inglês. Eu acho de ‘fuder’ cantar em inglês, mas acho que a gente pagou um preço por isso. A gente teve a oportunidade de ter continuado, ter incorporado outras coisas... Bandas contemporâneas, como Chico Science e Raimundos, souberam dar o pulo pra poder entrar no mercado. E a Úteros ficou muito batendo na coisa do inglês e ficou estranho porque o mercado brasileiro não queria isso. 

RJ – Hoje, as músicas de Carnaval perderam o groove, né? 
LC - Com exceções, é um pop malfeito. Eu vejo assim, infelizmente. Até porque os grandes músicos migraram pra axé music e agora pro pagode. Porque o cara precisa pagar a conta. A Coelba não que saber se você toca rock ou axé. Corta do mesmo jeito.

Beastie Boys: anarquia ao som do hip hop

Do Obvious


O ano: 1981. Os personagens: três adolescentes branquelos, riquinhos e beberrões. A trilha: o hip hop. Nesse contexto, e com a união dos três amigos rappers Michael Diamond (Mike D), Adam Yauch (MCA) e Adam Horovitz (Ad-rock), nascia o grupo Beastie Boys. Conheça um pouco da história do grupo que deixou um legado musical com canções grudentas e dum estilo único.

Foi com a influência do rock e do punk que os garotos do Beastie Boys se lançaram no meio musical. Ainda como The Young Aborigines, em 1979, a banda tinha um estilo mais voltado para o punk rock underground. Foi apenas com a entrada de Adam Yauch - o MCA - e com o fim do The Young Aborigines, que a banda veio a tornar-se, de fato, o Beastie Boys. A formação original tinha também o guitarrista John Berry e o baterista Kate Schellenbach. A primeira apresentação oficial como Beastie Boys foi na comemoração do aniversário de 17 anos de Adam Yauch, em 1981.

A mudança do nome da banda para Beastie Boys revela um pouco das características de seus integrantes. Beastie é uma sigla para Boys Entering Anarchistic States Towards Inner Excelence, que em tradução mais ou menos literal vem a ser “Garotos que entram em estados de anarquia para alcançar a excelência interior”. O grupo era conhecido por ser irrevente, eclético, um tanto quanto jocoso e também por suas referências culturais e letras escarchadas. Além disso, os Beastie Boys tratava o rap como parte do pós-punk musical, onde a estética DIY ainda predominava.
Em 1982 lançaram o primeiro EP independente, Polly Wog Stew, e em 1983 Cooky Puss, uma paródia baseada em um trote a empresa de sorvetes Carvel, o que veio a ser sua primeira faixa rap. Os críticos da época acusaram os Beastie Boys de serem músicos estridentes e sem nenhum talento musical significativo. E também os acusavam de pirataria, por conta de suas paródias exageradas. O primeiro álbum da banda, Licensed to III , lançado em 1986, teve um inesperado sucesso de público. Esse álbum foi a ruptura com o estilo punk-rock e a consolidação do hip hop na carreira dos três músicos. Licensed to III se tornou, na opinião pública, o melhor álbum de rap na década de 80 e o nº 1 na parada da Billboard, permanecendo no topo da lista por cinco semanas seguidas. De uma maneira um tanto quanto irônica, os Beastie Boys também chegaram a ganhar da Rolling Stone o título “Três idiotas criam uma obra-prima”. Era a crítica se rendendo ao seu sucesso.

O hip hop, estilo incorporado pelo grupo, tem suas raízes nos subúrbios negros e latinos da Nova Iorque dos anos 70. Em um contexto de pobreza, violência e racismo, onde somente nas ruas os jovens encontravam seus momentos de lazer, o hip hop surgiu a partir de diferentes manisfetações artísticas. E foi com essa pegada que o Beastie Boys construiu um legado que já dura por quase mais de um quarto de século.

Com Paul’s Boutique, o segundo álbum da banda, os Beastie Boys mostraram um trabalho mais maduro, mas nem por isso menos polêmico. A banda foi acusada de utilizar demais a técnica conhecida como sampling, que consistia no uso de trechos de músicas que já existiam para a criação de novas canções. Nas 15 músicas do álbum, os Beasties utilizaram a técnica para inserir centenas de referências de músicas de outros artistas e também trechos de filmes e programas de TV. O resultado foi um álbum completamente irreverente e tão bem amarrado que chegou a ser chamado de "Dark Side of the Moon" do hip hop, uma referência ao clássico do Pink Floyd feita pela Rolling Stone.
Check Your Head (1992), III Comunication (1994), Hello Nasty (1998) e To the Boroughs (2002) foram os outros grandes lançamentos de sucesso ao longo da carreira dos Beastie Boys. Canções como a eletrizante Sabotage, do álbum III Comunication, foram tocadas exaustivamente e se tornaram uma referência para adolescentes de várias gerações. É difícil não se render ao sucesso dessa banda que protagonizou inúmeros clipes hilários, cantou músicas com letras sem-vergonhas, de uma sonoridade grudenta, e popularizou o hip hop de uma maneira que ninguém mais conseguiu.
Os Beastie Boys ganharam muitos prêmios e reconhecimentos ao longo de sua carreira - quatro de seus álbuns estiveram no topo da Billboard e foram indicados ao Grammy 10 vezes, vencendo 3 delas. Influenciaram diversas bandas, entre elas Limp Bizikit e Korn, e são inegavelmente uma grande referência musical do rap e do rock. Em abril de 2012 entraram para o Hall da Fama do Rock. Essa foi a terceira vez na história que um grupo de rap entrou na lista.
Em 4 de maio de 2012 a banda perdeu um de seus integrantes. Adam Yauch, o MCA, faleceu por conta de um câncer na garganta, uma luta que já travava desde 2009. A morte desse ídolo de várias gerações gerou uma grande repercussão na mídia. Foram feitas várias homenagens de artistas e fãs que se sentiram um tanto quanto órfãos do legado deixado por MCA. Apesar de se ter dito que lançarão mais um disco, gravado antes da morte de MCA, a banda ainda não comunicou se continuará. Tudo indica que não - mas o que os Beastie Boys deixaram para a música, certamente não será esquecido.

Taylor Hawkins (Foo Fighters) será Iggy Pop em filme sobre o CBGB

Do Rockline


Um filme sobre o lendário clube CBGB está em fase de pré-produção. A escalação do elenco já está a pleno vapor e um grande nome acaba de ser confirmado. Segundo o The Hollywood Reporter, Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, fará o papel de ninguém menos que Iggy Pop, ex-vocalista do Stooges.
Outras lendas da música também serão retratadas no filme. Como relatado anteriormente, Alan Rickman fará o papel de Hilly Kristal, o dono do clube e fundador, enquanto Malin Akerman ("Harold & Kumar", "Encontro de Casais") fará Debbie Harry, a loira vocalista do Blondie.
O Hollywood Reporter também relata que Micky Sumner ("The Borgias") dará vida à Patti Smith, Johnny Galecki ("The Big Bang Theory", "Roseanne") fará o papel do gerente de Televisão Terry Ork, e Steven Schub, Joel David Moore e Julian Acosta foram escalados como Dee Dee, Joey e Johnny Ramone, respectivamente.
A produção está programada para começar em 25 de junho.

Festival In-Edit volta a Salvador com filmes inéditos

Do el Cabong


A vida e a obra de alguns dos maiores ídolos do rock e da música brasileira e mundial, como George Harrison, Miriam Makeba, Ozzy Osbourne, Queen, Jorge Mautner, Noel Rosa, Clementina de Jesus e Geraldo Vandré. A trajetória e a relação dos irmãos Ray e Dave Davies, do The Kinks, ou do trio David Bowie, Lou Reed e Iggy Pop, nos anos 70. A história de alguns importantes lugares para a história da música, como a Lira Pauistana ou o bar Troubadours. Tem ainda universos musicais distintos, seja o “brega” brasileiro, a nova música do Marrocos, ou a importância dos tambores no mundo.
Tudo isso e muito mais, o público baiano poderá conferir na segunda edição do In Edit Brasil, tradicional festival que reúne mais de 20 documentários musicais brasileiros e internacionais de 15 a 21 de junho, na Saladearte Cinema do Museu. Na programação alguns documentários inéditos e super aguardados, como “George Harrison: Living in the Material World”, de Martin Scorsese, ainda inédito no circuito comercial.Tem ainda “God Bless Ozzy”, que conta a história de Ozzy Osbourne, “Queen – Days of your Lives”, sobre o Queen, “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, de Pedro Bial e Heitor D´Alincourt, “The Sacred Triangle – Bowie, Iggy & Lou 1971-1973”, e muitos outros.
Depois de uma estreia com interessante programação e bom público em 2011, o festival parece que consolida Salvador definitivamente como sua segunda casa no país, recebendo o evento na sequência da edição realizada em São Paulo. O melhor é que os principais filmes exibidos na capital paulista no começo deste mês também estão vindo para Salvador. Ficaram de fora poucos filmes, entre eles “Futuro do pretérito – Tropicalismo now”; os quatro filmes de Don Letts, que contam a história do punk; “Moro no Brasil” e “Brasileirinho”, do diretor de cinema finlandês Mika Kaurismäki , que mora na Bahia, e estará presente na abertura do evento com seu filme “Mama África”, sobre Miriam Makeba.
Os ingressos custam até R$10 (*exceto as sessões das 15h com entrada gratuita). Veja a abaixo a programação com comentários sobre cada filme.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Smashing Pumpkins convida fãs para compartilhar interpretações visuais

Do A Tarde

Imagine poder externar através de fotografias, vídeos, desenhos, pinturas e textos o que você sente ao ouvir uma canção da sua banda favorita. É o que a banda de rock alternativo norte-americana The Smashing Pumpkins propôs aos seus fãs: os integrantes do grupo pedem que pessoas do mundo inteiro compartilhem suas próprias interpretações visuais do novo álbum, intitulado Oceania, em um desafio que incentiva arte e criatividade nas redes sociais.
São 13 opções de faixas liberadas após o lançamento nas lojas no dia 19. Algumas pessoas já enviaram suas artes compartilhadas via redes como Instagram, Pinterest, Deviantart ou Twitter, sempre com as hashtags #SPoceania, #smashingpumpkins ou apenas com o nome da faixa inspirada.
A universitária Camilla Motta formulou sete imagens correspondentes ao CD. "A inspiração veio de releituras e edição em trabalhos fotográficos antigos. Oceania é lindo, maduro, denso e ao mesmo tempo leve. Sinto uma vibe quase onírica ao escutá-los", justifica a fã.
A campanha Imagine Oceania aproxima a banda de seus admiradores, de forma que a sua ideia pode ser divulgada oficialmente pelos roqueiros na página do Facebook e no site smashingpumpkins.com. Para os fotógrafos, o desafio tem uma recompensa ainda mais interessante: serão selecionadas mais de dez produções, transformadas em pôsteres e autografadas pelos astros da banda, visualizadas no site do grupo.
No Brasil, os discos devem ser liberados em julho. Por enquanto, é possível acessar algumas músicas pelo canal de vídeos do Youtube. "Venho acompanhando o lançamento das faixas desde que Billy (vocal e guitarra) anunciou o projeto Teargarden by Kaleidyscope, e percebi que o disco vai ser mais melódico, porém sem deixar o rock de lado", diz Carolina Barbosa, admiradora do grupo há 12 anos, que assistiu ao primeiro show dos Pumpkins no Festival Planeta Terra de 2010, em São Paulo.

Conquista
O webdesigner Romeu Rodrigues, 26, admite que o quarteto ainda faz parte da sua play list. Formada em 1987, com uma forte presença de  guitarras e elementos de grunge, rock gótico e heavy metal, o grupo ainda conquista adolescente e jovens.
"O Pumpkins sempre foi trilha sonora dos melhores e piores momentos da minha vida. Infelizmente, não assisti a nenhum show deles, mas com certeza irei no próximo", conta o baiano.
The Smashing Pumpkins se apresentou recentemente para mais de 70 mil pessoas no primeiro sábado do Rock in Rio Lisboa. Já os brasileiros não contemplam um show dos norte-americanos há dois anos.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cantor Morrissey, ex-Smiths, diz que pretende se aposentar em 2014

Da Veja

Ex-vocalista da banda The Smiths, o cantor inglês Morrissey anunciou nesta terça-feira que planeja se aposentar em 2014, quando completa 55 anos. Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, Moz -- como é chamado por seus fãs -- afirma ter envelhecido muito rapidamente nos últimos anos.
"Estou chocado por ter chegado tão longe. Este é meu trigésimo ano na música, o que é um pouco angustiante para mim, como deve ser para todos. O corpo muda e não há nada que você possa fazer a respeito", afirmou Morrissey. 
O cantor começou sua carreira em 1982 com os Smiths, e emplacou carreira solo a partir de 1988. Desde então, já lançou nove discos e 38 singles.

Assista ao clipe 'Repentes' de Ricardo Primata com Bule Bule e Armandinho


Do iBahia Mundo Rock

Músico virtuose conhecido do cenário musical brasileiro, o baiano Ricardo Primata lança seu mais novo clipe 'Repentes', que tem a participação do repentista Bule Bule e do mestre da guitarra baiana Armandinho Macedo, no projeto Apreciação Musical, nesta segunda (04), às 20h30, no B-23 (Shopping Boulevard 161 - Itaigara). Na ocasião, o músico fará um show exclusivo. A entrada é franca.

Ricardo Primata
Compositor e grande guitarrista brasileiro, já se apresentou no Brasil e EUA, leciona aulas de guitarra na escola de música que fundou em Salvador, ministra workshops de guitarra em todo o Brasil e já participou em diversos eventos, como convidado, de grandes músicos como o do guitarrista Kiko Loureiro (Angra).

Primata figura na lista dos 30 melhores guitarristas do Brasil, segundo a revista Rolling Stone BR, ao lado de ícones baianos como João Gilberto, o parceiro Armandinho Macedo e Pepeu Gomes.


DVD com bastidores do projeto Agridoce chega às lojas

Do iBahia Mundo Rock


Para gravar o álbum de estreia, o duo Agridoce se mudou para uma casa na Serra da Cantareira, e durante 22 dias ficaram em um ambiente agradável, perto da natureza. Os bastidores da gravação, curiosidades de making of do projeto e músicas inéditas estão no DVD 'Multishow Registro Agridoce – 20 Passos', que já está nas lojas.
Os fãs de Pitty e Martin ainda poderão ver detalhes, que vão da criação e composição até o registro final de 17 músicas. Tudo isso registrado pelas lentes de Otávio Sousa.
O público também poderá assistir a cenas do dia a dia de Pitty e Martin, momentos descontraídos, clipes e músicas exclusivas, como 'La Javanaise', de Serge Gainsbourg, 'Alvorada', 'Bday' e 'Beethoven Blues', compostas por eles mesmos, a última em homenagem a Beethoven, o cachorro da casa. 
O DVD “Multishow Registro Agridoce” ainda tem clipes inéditos das músicas '130 anos' e 'Beethoven Blues'; mini filmes; galeria de fotos e comentários do duo.