domingo, 30 de setembro de 2012

Virada Musical anima público cheio com bons shows, emoção e o "ruivão"


Por Faustino Menezes

Nando Reis (créditos: Maiara Matos)

Quem é rei nunca perde a majestade. Quem foi do Titãs também não. Foi assim que, ontem, Camaçari recebeu, no I Festival de Arte e Cultura da cidade, a grande apresentação do ruivão Nando Reis. Em turnê do DVD ‘Bailão do Ruivão’, onde toca com a banda Os Infernais alguns dos maiores sucessos da sua carreira e outras músicas dos últimos discos, Nando desembarcou em Camaçari para contemplar o povo camaçariense com sua ótima música e qualidade inegável.

O começo
Pra começar bem, Trompas de Falópio subiu ao palco para estrear com sua nova formação. Eric Mazzone no vocal e guitarra, Ítalo Oliveira no baixo, Yago Avelar e Samuka Otto nas percussões e Tamima Brasil na bateria, além do apoio dos metais, importante pra se fazer afrobeat, estilo que influencia o som da banda. Com um show 100% autoral, a banda soube mostrar que a cultura de Camaçari só cresce a cada dia, impondo respeito, como quem “joga na sua casa”. Tentando interagir com um público beirando o "inerte", a banda fez seu trabalho certinho. Detalhe apenas para o enorme atraso do início do seu show, programado pra começar às 18h30, mas que só foi acontecer por volta das 21h00.

Declinium  (créditos: Everton Mendonça)

Logo após a Trompas de Falópio, a Delicium com seu habitual ‘baixo-guitarras-bateria’, subiu ao palco para delírio dos rockers camaçarienses e região, muitos até que só foram ao Festival para prestigiar o show da banda liderada por Oreah Chinaski. Figuraça dentro e fora do palco, Oreah tratou de lembrar que é de uma cena alternativa, acostumada aos shows no “inferninho rocker” Bar da Kássia, e que iria fazer daquele show no Estacionamento da Prefeitura mais um, ou melhor “o mesmo bolodório do Bar da Kássia”, como disse Oreah. Sem abrir mão de seu shoegaze, depressão, rock’n roll e embriaguez, a banda, como sempre, mostrou competência o suficiente pra satisfazer a parte rocker da festa, boa parte dela já conquistada pelo som da banda bem antes do show começar. Seus sucessos como “Fênix” foram cantadas em coro pela galera que não arredava o pé da frente do palco, nem quando a chuva ameaçou vir.

Rima de diferentes formas
Depois, o repente do nacionalmente conhecido Bule-Bule fez a galera arrastar o pé enquanto esperava o show da noite. Sempre carismático e comunicativo, o repentista também não deixou a desejar em nenhum momento e fez por merecer todas as entusiasmadas palmas e animação da galera.

Se repente é feito por rimas e algumas vezes até improvisadas, não muda muita coisa para o rap de Uri MC que veio logo em seguida. Diferente apenas nas letras, que na maioria das vezes fazem críticas a sociedade, na batida elétrica e no beatbox de Kbça, Uri e seu “Solo Coletivo” chegaram como a última banda antes de Nando Reis, o que nesse caso deixaria o público implorando para que a apresentação terminasse logo. Mas, isso só foi no início! Uri e sua trupe conquistaram toda a galera fazendo um rap de qualidade e com um engajamento social. Fazendo alguns improvisos e outras músicas já prontas, como a que Uri canta uma poesia com o nome de todos os bairros e povoados de Camaçari, o mc mostra ser um artista “100% Camaça” de verdade.

E, finalmente, Nando
Depois de muito tempo desde o início da noite, finalmente tinha chegado a hora do tão aguardado e incrível show do ex-titãs Nando Reis. O ruivo começou botando fogo na festa com a animante “Sou Dela”. Daí pro fim só o que se viu foi um festival de músicas já conhecidas pelo público total que, contrariando os comentários de muito, cantaram juntos o show inteiro. Alguns “probleminhas” aconteceram, claro! Diriam alguns que Nando Reis "pegou ar" em certos momentos com alguns “engraçadinhos” que tentaram subir ao palco ou fazer bagunça na frente dele. Fora isso, vários sucessos como “O Segundo Sol”, “Luz dos Olhos”, “N”, “Por Onde Andei” e “Relicário” foram entoados por ele e pelo sempre presente e emocionado público. Ao final das contas, o show surpreendeu a muitos. Ficou com gosto de quero mais e que deveria ter se extendido até o dia amanhecer. Pra muitos isso não seria uma má ideia!

Na volta aos palcos, Planet Hemp segue defendendo a maconha


Do Terra

Marcelo D2 cantou hits como 'Mantenha o Respeito' e 'Legalize Já
Passava de 2h da manhã, e o Planet Hemp tocava a 20ª canção de seu primeiro show aberto ao público em dez anos, na madrugada deste sábado, quando Marcelo D2 relembrou os velhos tempos e pulou do palco, mergulhando em cima da plateia que lotava o Circo Voador, no Rio de Janeiro. D2 se juntou, ali, às dezenas de pessoas que subiram no palco para dar um 'mosh', situação característica de shows de rock pesado. Apesar dos anos que se passaram, quem queria ver o velho Planet Hemp, uma das bandas mais marcantes do final dos anos 90, não se arrependeu de ir à famosa casa de shows na Lapa, região central do Rio.
Todos os ingredientes que deram fama ao Planet Hemp estiveram no palco do Circo. Uma banda afiada, hits, a energia da dupla de cantores Marcelo D2 e Black Alien e, claro, a apologia à maconha. Logo de cara, o Planet Hemp deixou claro que os anos afastados dos palcos não mudaram o principal mote da banda. Na abertura, um vídeo no telão mostrava o carismático Gil Away, que se notabilizou no programa "Hermes e Renato", da MTV, defendendo a erva, em meio a imagens de passeatas que pedem a legalização do consumo da maconha.
Depois do vídeo, a banda abriu o show com a clássica Legalize já, e fez uma sequência de sete músicas do primeiro disco, Usuário. Era o denominado primeiro ato, batizado de "O usuário e a luta pela legalização". Nele, a banda não economizou no peso e presenteou os fãs das canções hardcore do grupo, como "Mary Jane" e "Bala Perdida". Não faltaram, lógico, hits como Dig, Dig, Dig (Hempa), Fazendo a cabeça e A Culpa é de Quem?.
A música 021 abriu a segunda parte do show, que foi regada às canções do segundo disco, Os cães ladram, mas a caravana não para. No telão, imagens referentes ao Rio de Janeiro e ao Flamengo, com uma bela sequência de gols de Zico, maior ídolo do clube. Depois do início pesado, o Planet Hemp abriu mais espaço para o rap, um dos ritmos que permeiam a discografia da banda. Queimando TudoQuem tem Seda e Adoled, baseada em The Ocean, do Led Zeppelin, levantaram ainda mais a plateia e foram cantadas pelo público.
A parte final foi baseada em canções do terceiro e derradeiro disco de estúdio do grupo, A invasão do sagaz homem fumaça. O hit Ex-quadrilha da fumaça abriu a sequência de cinco músicas, na qual Contexto foi acompanhado em coro pelo público.
"Nem parece que a gente não tocava há dez anos para vocês", disse o líder da banda, Marcelo D2, empolgado com a performance da banda.
A banda mostrou estar afiada como nos velhos tempos. A cozinha pesada e precisa formada pelo baixo de Zé Gonzales e a bateria de Pedrinho dava o suporte para os solos inspirados da guitarra de Rafael. À frente da banda, B Negão e Marcelo D2 seguraram os vocais com energia e vitalidade. D2, aliás, parecia voltar no tempo, e não lembrava nem um pouco suas performances na carreira solo. Para se ter ideia, o manjado bordão "Vamos fazer barulho" só foi gritado uma única vez durante o show.
Quase duas horas depois, o Planet Hemp fechava o retorno aos palcos com Samba Makossa, cover de Chico Science e Nação Zumbi, e o sucesso Mantenha o Respeito. Ainda assim, a banda parecia não querer sair do palco, e iniciou uma espécie de retrospectiva do show, tocando partes de algumas das 23 músicas que tinham sido executadas.
A banda segue agora em turnê que vai passar por dez cidades e se estenderá até dezembro. Pelo visto ontem, o Planet Hemp deve continuar fazendo muito barulho por aí.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

BNegão e Ministereo Público anunciam show juntos em Salvador

Do iBahia

BNegão & Seletores de Frequência

Depois de aquecer o público na cerimônia de premiação VMB 2012, ao lado dos
 parceiros do Planet Hemp, e após  se apresentar com os baianos da BaianaSystem e Lazzo, no Festival Bahia de Som Salvador, em São Paulo, o rapper carioca BNegão está de volta a capital baiana para lançar disco novo. 

O show vai marcar o lançamento por essas terras do segundo álbum do grupo BNegão & Seletores de Frequência, 'Sintoniza Lá, e terá a participação do Sound System Ministereo Público, na sexta-feira, dia 05 de outubro, às 19h, no Largo Tereza Batista (Centro Histórico). Os ingressos saem por R$20.

O Disco
Composto por 11 faixas, 'Sintoniza Lá' segue o conceito "música negra universal", defendido há anos pelo grupo: "uma explosiva alquimia sonora, onde ritmos jamaicanos, africanos e brasileiros se fundem ao rap, ao funk70 e ao hardcore de forma vigorosa, surpreendente e precisa", diz o músico.

O disco, lançado em junho de 2012, foi produzido pelo próprio BNegão e teve a maioria de suas faixas compostas e arranjadas em parceria com os outros integrantes da banda – Pedro Selector, Fabio Kalunga, Fabiano Moreno e Robson Riva – o que garantiu uma perceptível unidade ao trabalho.

Salvador
Junto aos Seletores BNegão só tocou uma vez em Salvador, que foi no ano de 2007, no mesmo local que será desta vez: o Largo Tereza Batista, no Pelourinho. “Foi uma apresentação histórica, muito falada até hoje. E estamos muito felizes por finalmente voltar em Salvador, ainda mais num momento como este, extremamente especial para nós”, afirma o cantor.
       
BNegão & Seletores de Frequência são: BNegão (voz e guitarra), Pedro Selector (trompete, voz e guitarra), Fabio Kalunga (baixo), Fabiano Moreno (guitarra, cavaquinho e voz) e Robson Riva (bateria e Voz).




- Quando: 05 de outubro, às 19h
- Onde: 
Largo Tereza Batista (Pelourinho - Salvador)
- Quanto: R$20
- Bandas: BNegão & Seletores de Frequência e Sound System Ministereo Público

Música inédita de Cazuza é descoberta

Do iBahia


A gravadora Som Livre vai lançar uma música inédita do cantor Cazuza. Intitulada 'Sorte e Azar', a produção foi descartada do primeiro álbum do Barão Vermelho.

De acordo com o jornal 'Folha de São Paulo', a faixa estará no disco que a Som Livre lança em novembro para celebrar 30 anos da data em o disco foi lançado.

Para comemorar a data, Frejat e outros integrandes da banda farão uma turnê comemorativa, que começa em outubro e vai até março de 2013.

Sonic Youth recupera guitarras roubadas há 13 anos


Do Rolling Stone Br

O Sonic Youth teve parte de seu equipamento roubado em 1999 enquanto excursionava pela Califórnia, nos Estados Unidos. E se os músicos desistiram, depois de tanto tempo, de encontrar as duas guitarras sumidas, seus fãs persistiram e devolveram, depois de 13 anos, os instrumentos a seus donos originais. As informações são do site Pitchfork.
“É louco”, disse Lee Ranaldo. “Depois de todo este tempo as coisas apareceram graças à dedicação dos fãs”. Outros tipos de equipamento como pedais e amplificadores também foram roubados na época.
Por terem sido bastante modificadas tanto por Ranaldo como por Thurston Moore, as guitarras puderam ser facilmente identificadas. Pelo mesmo motivo quem as roubou pode ter tido dificuldade para vendê-las, já que elas preservavam poucas características originais.
Ranaldo revelou que dois homens entraram em contato e falaram que sabiam onde estavam as guitarras porque o tio de um deles esteve envolvido no roubo. “Nós falamos: ‘Beleza, a gente dá algumas centenas de dólares por cada uma delas’, e foi o que aconteceu”.
A recuperação criou ainda esperanças para que novos equipamentos sejam encontrados, como uma guitarra do tipo Jazzblaster também roubada naquele episódio. “Estou muito curioso sobre o que aconteceu com o resto das coisas”, disse Ranaldo. “Adoraria um dia conhecer a verdadeira história”.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Nasi em Camaçari


- Quando: 30 de setembro, às 15h
- Onde: Teatro Alberto Martins (Av. Eixo Urbano Central - Camaçari)
- Quanto: Free
- Bandas: Nasi, Clube de Patifes, Ladrões Engravatados, Diário Urbano, Moby Dick, Rege FX e The Pivo's

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Virada musical


- Quando: 29 de setembro, às 17h
- Onde: Estacionamento da Prefeitura Municipal de Camaçari
- Quanto: Free
- Bandas: Nando Reis, Bule Bule, Trompas de Falópio, declinium, Edy Xote, DJ Alcapone, DJ Menezes, Teka O'Neill, Reggae Steady, Os Sapekas, Jeito Maneiro, Gruta Sound System, Uri MC, Turma do Samba e A Volta do Bohêmio

Próximo disco de Otto será “mais cool e menos melancólico”

Do Rolling Stone Br

Entre seu último disco e o próximo, Otto foi da mais sombria escuridão até a ensolarada superfície. Prestes a lançar o quinto álbum solo, ele tem agora a difícil missão de superar o ótimo antecessor, Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, de 2009. Otto avisou queThe Moon 11:11 será lançado no dia 12 de outubro deste ano.

A ideia inicial era fazer com que o disco estivesse pronto no dia 11 de novembro do ano passado. Um disco lançado no 11/11/11 fascinava o pernambucano. Mas o prazo chegou, o álbum não estava pronto e a data se foi. “Desta vez vai ser 12 e 12 [12 de outubro de 2012]”, brincou o músico.
Em Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, Otto foi fundo em canções melancólicas e sombrias – sentimentos vindos de uma difícil crise pessoal vivida por ele. Foi acompanhado, principalmente, por Fernando Catatau (guitarra), Dengue (baixo) e Pupillo (bateria e produção do álbum), o primeiro, líder do Cidadão Instigado, os dois últimos, integrantes da Nação Zumbi. Tudo na base da camaradagem.
Como contou o músico, Catatau e Pupillo se mantiveram neste novo trabalho. Mas, desta vez, Otto garante que a sonoridade não será tão obscura quanto aquela ouvida no álbum anterior. “Esse disco novo é bem mais cool e menos melancólico”, prometeu Otto. “Coisas mais alegres.”
O álbum The Moon 11:11 será lançado com ajuda do edital Natura Musical.

BBC vai lançar box com 3 DVDs + CD da Amy Winehouse

Do Papelpop


Tá vindo aí o “Amy Winehouse At The BBC”, um box com quatro discos (três DVDs e um CD) de apresentações da cantora no canal britânico BBC!
A coleção vai trazer algumas das primeiras participações de Amy em programas de rádio na BBC, as primeiras aparições na TV, entrevistas e alguns materiais raros inéditos.
Quem gosta da Amy vai ver alguns dos covers mais legais que ela já fez, além de versões ao vivo de “Frank” e “Back to Black”.
O livreto que acompanha o box vem com uma série de fotos e textos sobre essa estrela inglesa que faleceu em 2011.
Um dos DVDs traz o documentário “Amy Winehouse – The Day She Came to Dingle”, com uma entrevista intimista da cantora e uma apresentação gravada em dezembro de 2006, numa igrejinha no Reino Unido, com 6 músicas: “Tears Dry on Their Own”e “Love Is a Losing Game”, entre elas.
O box será lançado no dia 12 de novembro e todo o dinheiro arrecadado com a venda vai para a Fundação Amy Winehouse, que ajuda jovens com problemas de saúde, financeiros e que lidam com vícios ao redor do mundo e é gerenciada por Mitch Winehouse, pai da cantora.
Olha como será o box:
DISCO UM (DVD)
A Tribute To Amy Winehouse by Jools Holland

1. Stronger than me
2. Take the box
3. Teach me Tonight feat. Jools Holland
4. Rehab
5. Tenderly feat. Jools Holland
6. Tears Dry Own Their Own
7. Monkey Man feat. Jools Holland
8. I heard it through the Grapevine feat. Paul Weller and Jools Holland
9. Don’t Go Strangers feat. Paul Weller and Jools Holland
10. Love is a Losing Game

DISCO DOIS (CD)
The BBC Sessions

1. Know you now (Leicester Summer Sundae 2004)
2. Fuck me Pumps (T In The Park 2004)
3. In my bed (T In The Park 2004)
4. October Song (T In The Park 2004)
5. Rehab (Pete Mitchell 2006)
6. You Know I’m no Good (Jo Whiley Live Lounge 2007)
7. Just Friends (Big Band Special 2009)
8. Love is a Losing Game (Jools Holland 2009)
9. Tears Dry Own Their Own (Jo Whiley Live Lounge 2007)
10. Best friends, Right? (Leicester Summer Sundae 2004)
11. I Should Care (The Stables 2004)
12. Lullaby of Birdland (The Stables 2004)
13. Valerie (Jo Whiley Live Lounge 2007)
14. To Know Him is to Love Him (Pete Mitchell 2006)

DISCO TRÊS (DVD)
Amy Winehouse – BBC One Sessions Live at Porchester Hall

1. Know you now
2. Tears Dry on their own
3. You Know I’m no Good
4. Just Friends
5. He can only hold her
6. I Heard Love Is Blind
7. Rehab
8. Take the box
9. Some unholy war
10. Back to Black
11. Valerie
12. Addicted
13. Me & MR Jones
14. Monkey Man

DISCO QUATRO (DVD)
Arena: Amy Winehouse – The Day She Came To Dingle*
Documentary com performances ao vivo de:

1. Tears Dry On Their Own
2. You Know I’m no Good
3. Love is a Losing Game
4. Back to Black
5. Rehab
6. Me & Mr Jones


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O que rolou no VMB 2012

Do Rolling Stone Br

O grande nome do VMB 2012 veio do Pará. Gaby Amarantos atravessou as ruas de terra do bairro Jurunas, conquistou o sudeste e, na noite desta quinta, 20, dominou a premiação da MTV com três troféus (Melhor Artista Feminina, Melhor Capa de Álbum e Artista do Ano).

E a cor e alegria de Gaby dividiram espaço com o protesto e o engajamento do rap. Nesta edição, criada a partir da ideia da arte de rua, com skatistas percorrendo uma pista criada entre os palcos e atrações peso-pesado da cena hip-hop para abertura e fechamento (Planet Hemp e Racionais MC's), o VMB ofereceu uma heterogeneidade interessante.
A mudança drástica no prêmio se deu já no ano passado, quando a emissora decidiu tirar das mãos do público o poder de escolha da maioria dos vencedores, criando um júri especializado formado por jornalistas, críticos, músicos e produtores.
Nesse contexto, o happy rock perdeu espaço. O Restart, grande campeão da edição de 2010, já recebeu vaias no ano passado e, nesta edição, não foi diferente – a cândida, no sentido figurado, foi jogada na calça dos coloridos (que já nem se vestem de forma tão colorida assim). Os meninos até levaram um prêmio, de Hit do Ano, cuja votação se deu por meio da escolha do público. E a plateia, que pendia para o hip-hop, vaiou como nunca. Desta vez, os comportados garotos responderam: “Viemos sem incomodar ninguém. Vocês são livres para ouvir o que quiserem”, disse Pe Lanza. “Gostaria de agradecer aos nossos fãs, que votaram muito na gente”, completou Pe Lu.
Em outra categoria que teve votação do público, de Melhor Artista Internacional, vencida pela boy band One Direction, também houve reprovação dos presentes. Sobrou até para as integrantes do fã-clube que subiram no palco para receber o prêmio. 

Com a ênfase no hip-hop e na cultura paraense, o VMB deste ano foi marcado pelo discurso politizado. O rapper Emicida, que no ano passado ganhou dois prêmios, desta vez só levou um dos cinco troféus que disputava, o de Melhor Música, com “Dedo na Ferida”. Estatueta merecidamente divida com Wado e seu hit indie fofo “Com a Ponta dos Dedos”. Mas o rapper paulistano aproveitou, mesmo, foi a oportunidade de citar a ação da polícia militar na Favela do Moinho e, depois, de subir ao palco para sua participação musical. Estando lá, não desgrudou da bandeira vermelha do MST (Movimento Sem Terra).

Criolo, grande destaque de 2011 com três prêmios, ficou apenas com o cachorro dourado de Melhor Artista Masculino, e também fez valer sua vez ao microfone para pedir maior cuidado das autoridades com a situação da população que vive nas favelas. “Gostaria de oferecer esse prêmio às autoridades do país. Foram mais de 30 incêndios em favelas de São Paulo. Obrigado, autoridades públicas, tenho certeza de que vocês irão apurar isso aí”, completou Criolo, destilando a ironia tão comum em suas composições.

Outro destaque foi Bnegão e os Seletores de Frequência, que merecidamente levou o prêmio de Melhor Disco com Sintoniza Lá. O início do VMB já apontava para essa direção, com uma apresentação curta e cheia de sucesso do Planet Hemp. E o fim, apotético, veio com o Racionais Mc's, que ainda levou prêmio na categoria Clipe do Ano com “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)”.
Projota e ConeCrew Diretoria também tiveram seus números musicais e levantaram o público, mas nada chegou perto da apresentação caliente do Bonde do Rolê com Karol Conká, apresentando, juntos, “Brazilian Boys”, recém-lançada pelo Bonde. O show, embora tenha sido o mais animado, foi o pior em qualidade técnica.

Engajado, o VMB estampou a cara de Gaby para o Brasil. “Eu tenho celulite, e daí?”, disse a cantora paraense, que aproveitou o discurso para exaltar a “música popular do Pará”. E, na noite do hi-hop, das expressões sisudas, ficou a imagem das plumas da cor verde da roupa de Gaby. A música ganhou uma nova capital: Belém, no Pará.

Veja abaixo a lista de categorias e os indicados. Os vencedores estão destacados em negrito.
Clipe do Ano
Fresno – “Infinito” (dir. Daniel Ferro)
ConeCrewDiretoria – “Chama os Mulekes” (dir. Toddy Ivon)
Edi Rock part. Seu Jorge – “That's My Way” (dir. Rabu Gonzales)
Gaby Amarantos – “Xirley” (dir. Priscilla Brasil)
Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” (dir. Ricardo Spencer)
Racionais MC's – “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)” (dir. Daniel Grinspum)
Emicida – “Zica, Vai Lá” (dir. Fred Ouro Preto)
Mallu Magalhães – “Velha e Louca” (dir. Paulo Granda)
Criolo – “Mariô” (dir. Del Reginato)
Garotas Suecas – “Não Se Perca Por Aí” (dir. Arthur Warren/Gustavo Suzuki)

Artista do Ano
Rita Lee
Emicida
Agridoce
Vanguart
Gaby Amarantos

Melhor Artista Masculino
Projota
Dinho Ouro Preto
Emicida
Criolo
Lenine

Melhor Artista Feminino
Maria Gadú
Mallu Magalhães
Gal Costa
Rita Lee
Gaby Amarantos

Melhor Música
Vivendo do Ócio – “Nostalgia” (Jajá Cardoso/David Bori/Luca Bori/Dieguito Reis/Pablo Dominguez)
Emicida – “Dedo na Ferida” (Emicida)
Rita Lee – “Reza” (Rita Lee/Roberto de Carvalho)
Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” (Helio Flanders/Reginaldo Lincoln)
Wado – “Com a Ponta dos Dedos” (Wado/Glauber Xavier)

Melhor Disco
Vivendo do Ócio - O Pensamento é um Imã
Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora
Cascadura - Aleluia
Agridoce - Agridoce
BNegão & Seletores de Frequência - Sintoniza Lá

Melhor Banda
ConeCrewDiretoria
Restart
Forfun
Gloria
Vanguart

Revelação
Rancore
Projota
ConeCrewDiretoria

Melhor Capa
Autoramas - Música Crocante (arte: 45 Jujubas)
Zeca Baleiro - O Disco do Ano (arte: Gilson Braga/Marcos Hermes)
Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora (arte: LuOrvat Design/Vinicius Mania)
Agridoce - Agridoce (arte: Rogério Fires/Otávio Sousa)
Gaby Amarantos - Treme (arte: Greenvision/Gotazkaen)

Aposta
RAPadura Xique Chico
Soulstripper
O Terno
Lemoskine
Selvagens à Procura de Lei

Artista Internacional
One Direction
Jay Z & Kanye West
Katy Perry
Lana Del Rey
Maroon 5
Nicki Minaj
Rihanna
Justin Bieber
Taylor Swift
Demi Lovato

Hit do ano
Restart – “Menina Estranha”
Agridoce – “Dançando”
ConeCrewDiretoria – “Chama os Mulekes”
CW7 – “Tudo Que Eu Sinto”
Emicida – “Zica, Vai Lá”
Forfun – “Largo dos Leões”
O Teatro Mágico – “Nosso Pequeno Castelo”
Projota – “Desci a Ladeira / Pode se Envolver”
Rashid – “Quero Ver Segurar”
Strike – “Fluxo Perfeito”


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Rock underground no El Grito

Por Emile Lira


A estreante Riverman 
O rock camaçariense, que nos últimos tempos vem ocupando as casas de show mais mainstreans da cidade, no último sábado (15) voltou ao velho reduto inferninho-underground-brejeiro, Bar da Kássia, e, como diriam por aí, marcô demais - com direito a caipirinha free. Foi o El grito.
O reggae da Gruta Sound System esquentou a noite, preparou o público e intercalou as bandas. A primeira a subir no palco foi a Riverman. Em clima de estréia - e de aniversário do baixista Papel -, conseguiu conquistar os presentes, que chegou até a pedir bis da música "Quase trinta".
Direto de Alagoinha, a Aborígenes agitou a galera, com um rock enérgico e explosivo - tocando de Motorhead a Nação Zumbi, assim como a Código em Sigilo. A declinium também foi uma das comandantes da noite, arrancando - como sempre - o coro que acompanhava música a música, com a apresentação que contou com covers e "Insonia" em ritmo roots.
Já a Double Deck representou com improviso e muita competência o rap. 
Que mais eventos como este venham reavivar a cena rock alternativa em Camaçari!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Apanhador Só consegue financiamento coletivo para produção de segundo álbum


Da Rolling Stone Br


No final de julho o Apanhador Só lançou campanha na internet para conseguir por meio do site de crowdfunding Catarse o financiamento para seu segundo álbum. Quase dois meses depois a banda encerra de forma bem sucedida a ação, e anuncia que conseguiu superar o valor necessário para concretizar os planos desejados.
A meta estabelecida para a produção do segundo álbum era de R$ 44.748, e com recompensas criativas elaboradas pelos músicos que iam de um exemplar do trabalho gravado com encarte feito manualmente pelos integrantes até serenatas customizadas, o valor alcançou R$ 55.768, dinheiro que segundo comunicado oficial irá auxiliar despesas de pré-produção e passagens aéreas.
A previsão de lançamento do novo trabalho é para março de 2013, sendo que algumas canções já testadas pela banda como “Cartão-postal” e “Torcicolo” têm chances de serem registradas. A produção será feita por Gustavo Lenza e Zé Nigro, ambos parceiros de trabalhos anteriores do conjunto de Porto Alegre.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Polysom lança dois LPs do Planet Hemp


Adapatado do Facebook da Deckdisc

Enquanto o Planet Hemp excursiona pelo país matando as saudades dos milhares de fãs, a Polysom completa a festa lançando em vinil seus dois primeiros álbuns; 'Usuário' (1995) e 'Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Para' (1997). Licenciadas pela Sony Music, as edições sairão em vinil de 180 gramas e com as artes originais.



Muito além das letras defendendo a legalização da maconha, o Planet Hemp chamou atenção pela curiosa fusão de gêneros; faziam um rock com muita influência do rap, funk, hardcore e psicodelia. O vocal do carismático Marcelo D2 ganhava força ao lado de BNegão, que dividiu os vocais no primeiro disco, os riffs da guitarra de Rafael Crespo, que davam o tom roqueiro, e da potente cozinha que tinha o baixo de Formigão e a batida perfeita de Bacalhau. Fora os integrantes oficiais, o DJ Zé Gonzales e o vocalista Black Alien participaram de 'Usuário' (1995), coroando o álbum de estreia, que teve os hits "Legalize Já" e “Mantenha o Respeito” e tornou o Planet Hemp conhecido em todo o país.


Em 'Os Cães Ladram mas a Caravana não Para' (1997) o Planet Hemp apresentava mais um álbum inovador, acrescentando uma clara influência de samba e bossa nova. Puxado pelo hit provocativo “Queimando Tudo”, a banda carioca ampliou o sucesso vendendo mais de 250.000 cópias.


Um dos grupos que deu a cara dos anos 90, de volta ao melhor formato para apreciação de seus graves e nuances sonoras; o vinil. 'Usuário' e 'Os Cães Ladram…' serão lançados em outubro pela Polysom, dentro da série “Clássicos em Vinil”. 


Confira abaixo os clipes de "Legalize Já" do disco 'Usuário' e "Queimando Tudo" do 'Os Cães Ladram...'

Legalize Já


Queimando Tudo



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mano Brown é "assassinado" em novo clipe dos Racionais MC's

Do Terra


Foi divulgado neste domingo (9) o clipe da música Mente do Vilão, do grupo de rap Racionais MC's, no Twitter oficial do vocalista Mano Brown, que aparece no vídeo sendo espancado e morto em seguida.
A música já faz parte do repertório do grupo há vários anos, mas só agora ganhou um clipe oficial. Em julho, os Racionais lançaram o vídeo de Mil Faces de um Homem Leal: Marighella, onde aparecem empunhando metralhadoras, dirigido pela sobrinha do poeta e guerrilheiro que deu título à música.
A faixa conta a história de Carlos Marighella, importante figura política no Brasil dos anos 60, e integrou a trilha sonora do documentário sobre o militante baiano. No dia 20 de setembro, os Racionais MC's serão responsáveis pelo show que fechará o VMB 2012, premiação da MTV.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ouça na íntegra o novíssimo trabalho de Bob Dylan


Do RockLine

Bob Dylan disponibilizou para streaming o seu mais novo trabalho, "Tempest", via iTunes. Esse é o 35º álbum de inéditas da lenda, que chega às lojas na próxima segunda-feira, dia 10 (nos Estados Unidos sai no dia seguinte).
São 10 novas faixas, todas produzidas pelo próprio Dylan (embora que nos últimos trabalhos, o cantor usou o pseudônimo "Jack Frost"). O álbum inclui um tributo especial a John Lennon chamado "Roll On John" e um épico de 14 minutos inspirado na história do navio Titanic, apropriadamente chamado de "Tempest".
O lançamento de "Tempest" coincide com a comemoração dos 50 anos de carreira de Dylan. Ele lançou seu álbum de estreia em março de 1962.
A tracklist de "Tempest":
'Duquesne Whistle'
'Soon After Midnight'
'Narrow Way'
'Long and Wasted Years'
'Pay In Blood'
'Scarlet Town'
'Early Roman Kings'
'Tin Angel'
'Tempest'
'Roll On John'

El Grito

- Quando: 15 de setembro, às 18h
- Onde: Bar da Kássia (Radial C - Camaçari)
- Quanto: R$5 + 1/2Kg de alimento
- Bandas: declinium, Double Deck, Scary Killer, Riverman e Gruta Sound System

Aldeia Sound System

- Quando: 07 de setembro, às 18h
- Onde: Rancho Janis Joplin (Aldeia Hippie de Arembepe - Camaçari)
- Quanto: Free 
- Bandas: MC Macedo, Fumasound, Uri, MC Lucas Alemão, DJ Leandro, Kbça Beatbox

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ingressos pro Coquetel Molotov já estão a venda

Do LineUp Brasil


Começam a ser vendidos hoje (31/08) os ingressos para a nona edição do festival No Ar Coquetel Molotov, que acontece todo ano em Recife e este ano rola dias 21 e 22 de setembro no Teatro da UFPE. Uma das principais iniciativas fora do eixo Rio-São Paulo, o festival já levou a Pernambuco grupos como Beirut, Nouvelle Vague e Dinosaur Jr, e este ano tem entre suas atrações a banda americana de dream-pop Blonde Redhead, embalada pela voz suave da cantora Kazu Makino (a banda toca também em São Paulo, leia mais no final desse post).
O festival traz outras atrações internacionais, como o pop-eletrônico dos franceses do Yeti Lane, os suecos do The Mary Ornettes (dream-pop com influência de Echo & The Bunnyman e The Cure) e o Rain Machine, pro­jeto musi­cal do gui­tar­rista do TV On the Radio Kyp Malone. Tirando esse último (basicamente uma versão mais crua e experimental da banda original de Kyp), o noise-pop noventista parece tomar conta das atrações gringas deste ano.

Atrações Nacionais A referência continua entre as atrações nacionais, como no caso do The First Corinthians, banda local bem boa (juro que o elogio não é por causa do nome). Também fazem parte do lineup Os Sertões (banda nova de Clayton Barros, ex-Cordel do Fogo Encantado), Tagore, o pianista Vitor Araújo e o cantor Siba. O baiano-carioca Lucas Santtana mostra seu novo disco, “O Deus que Devasta também Cura” (que teve clipe indicado pro VMB da MTV). Enquanto isso, os paulistas invadem Recife com o folk cheio de referências clássicas do Thiago Pethit, a mistura de jovem guarda e música popular do Garotas Suecase o novo rumo delicado do Adriano Cintra e Marina Vello com o Madrid.
Fechando a programação, tem ainda os mineiros do Galanga e seu “rock afro­gres­sivo” e o pós-rock instrumental dos curitibanos do ruído/mm. O festival termina com um show especial do Moraes Moreiraem homenagem aos 40 anos do disco “Acabou Chorare” – eleito pelos crí­ti­cos da revista Rolling Stone como o Nº 1 dos 100 Melhores Discos do Brasil.

Programação:
SEXTA – 21/09 
SALA CINE UFPE — A par­tir das 17h
The First Corinthians (PE)
Galanga (MG)
Garotas Suecas (SP)
The Mary Onettes (Suécia)

TEATRO DA UFPE — A par­tir das 21h
Os Sertões (PE)
Lucas Santtana (BA)
Rain Machine (EUA)
Siba (PE)

SÁBADO – 22/09 
SALA CINE UFPE — A par­tir das 17h
Tagore (PE)
ruído/mm (PR)
Yeti Lane (França)
Madrid (SP)

TEATRO DA UFPE — A par­tir das 21h
Vitor Araújo (PE)
Thiago Pethit (SP)
Blonde Redhead (EUA)
Moraes Moreira canta “Acabou Chorare” (BA)

Local: Centro de Convenções da UFPE — Recife — PE
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
À venda na Farm (Shopping Recife), Delta Expresso (Recife Antigo) e Café Castigliani (Derby)