sábado, 13 de outubro de 2012

Livro 'As Cartas de John Lennon' chega às lojas no dia do aniversário do ex-Beatle

Do iBahia Mundo Rock

Gênio, beberrão, misantropo, romântico inveterado, mártir, marido submisso – as várias facetas do Beatle John Lennon ganham vida em 'As Cartas de John Lennon' - coleção completa de sua correspondência que chega às lojas nesta terça-feira(9), no dia em que John completaria 72 anos.
A coleção, concebida por Hunter Davies, o único biógrafo autorizado dos Beatles, é em parte um agrado aos beatlemaníacos, em parte o retrato de uma das personalidades mais cativantes da história do rock. Entre suas pérolas estão as cartas que um apaixonado e carente John trocava com futura esposa, Cynthia, enquanto os Beatles aperfeiçoavam suas canções na zona de baixo-meretrício de Hamburgo; uma perversa troca de farpas com Paul McCartney depois do fim do grupo; e veementes cala-bocas em críticos, ativistas e músicos.
A primeira coisa a vir à tona são as complicadas relações que John tinha com as mulheres. Sem pai, órfão aos 18, John encontrava a salvação - ou a perdição - nos braços de mulheres como Cynthia Powell, seu primeiro grande amor, para qual escrevia, ainda aos 18 anos, cartas de amor adolescente.

Uma delas ocupa uma página inteira com a frase I Love You, que tem o mesmo tipo de paixonite de outra carta, escrita anos depois, quando John já se separara de Cynthia e casara-se com Yoko, em que uma série de perguntas de uma revista holandesa, sobre cantores, filmes, cores e hábitos é respondida com a palavra "Yoko", e as respostas de Yoko com a palavra "John". 
Os desenhos de John e Yoko, e de Cynthia e John também costuram a narrativa do artista apaixonado, pronto para entregar sua autonomia a mulheres fortes.
As brigas com Paul McCartney depois que os Beatles se separaram, em 1970, têm um capítulo próprio. Neste se encontra a carta mais impressionante do livro. John dispara contra Paul e sua mulher, Linda: "Eu espero que vocês percebam a merda que vocês e o restante dos meus amigos ''amáveis e abnegados'' jogaram em Yoko e em mim, desde que estamos juntos. 
Nós dois ''nos elevamos acima disso'' algumas boas vezes - e perdoamos vocês dois -, então é o mínimo que podem fazer por nós, seus nobres. Linda - se você não liga para o que eu digo - cale a boca! - deixe Paul escrever - ou algo assim". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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