terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bebendo de várias influências, Otto lança disco com sonoridade única

Por Emile Lira

“Pensa que é de menta, chupa que é de uva...” é assim que começa a música ‘Exu Parade’, quarta faixa do novo álbun de Otto, The Moon 1111. E o pernambucano continua. “E é por isso que chamo vocês pra festa”. A letra inusitada, o convite inesperado - de quem anteriormente, em Certas Manhãs Acordeis de Sonhos Intranqüilos (2009), cantou com sutileza e (como pode propor o título) tranqüilidade – descreve esse seu novo trabalho.

Em The Moon, lançado no dia 12 de outubro, Otto flerta com vários estilos a fim de construir uma sonoridade única. Cada música imprime uma singularidade: do rock sessentista em ‘Ela Falava’, percussão marcada em ‘Selvagens olhos, nego!’, até uma versão de ‘A Noite Mais Linda do Mundo’, de Odair José. “Odair é um cara muito bacana que eu ouvi muito na minha infância (...) eu acho Odair bem underground”, declara Otto. As influências para a construção do disco vêm até do filme Fahrenheit 451, e de sons como Pink Floyd e Felá Kuti.
O filho nato de Belo Jardim (cidade do agreste pernambucano reconhecida por ter a música como tradição) canta em dez faixas, acompanhado de Catatau, Dengue e Pupilo, e com participações de Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Fábio Trummer (Ediie), Luê e da atriz Tainá Muller.
“O caos venceu, o meu caos é vencedor, eu posso criar um disco que ninguém faz”, afirma o cantor. Certo é que The Moon 1111 é obra ímpar: nesse fervilhar de musicalidade, do rock ao eletrônico, passando pela música regional. É o Otto inventivo de sempre, trazendo o novo. 

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