quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Baixo destruído em 'Smells Like Teen Spirit' vai a leilão

Da MTV Br


Sabe aquele baixo quebrado por Kurt Cobain no vídeo de 'Smells Like Teen Spirit'? Pois é, a performance inesquecível naquele clipe/show do Nirvana rendeu alguns destroços que agora, mais de vinte anos depois, vão a leilão.

O instrumento de Novoselic deve ser arrematado por um valor entre 15 e 25 mil libras (cerca de R$ 80 mil), no dia 29 de novembro. Além dele, um caderno de Bob Dylan, datado de 1958, estará entre as peças.
Assista abaixo à Smells Like Teen Spirit.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bebendo de várias influências, Otto lança disco com sonoridade única

Por Emile Lira

“Pensa que é de menta, chupa que é de uva...” é assim que começa a música ‘Exu Parade’, quarta faixa do novo álbun de Otto, The Moon 1111. E o pernambucano continua. “E é por isso que chamo vocês pra festa”. A letra inusitada, o convite inesperado - de quem anteriormente, em Certas Manhãs Acordeis de Sonhos Intranqüilos (2009), cantou com sutileza e (como pode propor o título) tranqüilidade – descreve esse seu novo trabalho.

Em The Moon, lançado no dia 12 de outubro, Otto flerta com vários estilos a fim de construir uma sonoridade única. Cada música imprime uma singularidade: do rock sessentista em ‘Ela Falava’, percussão marcada em ‘Selvagens olhos, nego!’, até uma versão de ‘A Noite Mais Linda do Mundo’, de Odair José. “Odair é um cara muito bacana que eu ouvi muito na minha infância (...) eu acho Odair bem underground”, declara Otto. As influências para a construção do disco vêm até do filme Fahrenheit 451, e de sons como Pink Floyd e Felá Kuti.
O filho nato de Belo Jardim (cidade do agreste pernambucano reconhecida por ter a música como tradição) canta em dez faixas, acompanhado de Catatau, Dengue e Pupilo, e com participações de Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Fábio Trummer (Ediie), Luê e da atriz Tainá Muller.
“O caos venceu, o meu caos é vencedor, eu posso criar um disco que ninguém faz”, afirma o cantor. Certo é que The Moon 1111 é obra ímpar: nesse fervilhar de musicalidade, do rock ao eletrônico, passando pela música regional. É o Otto inventivo de sempre, trazendo o novo. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tributo brasileiro ao Green Day

Adaptado do Tenho Mais Disco Que Amigos

O fansite brasileiro Green Day Eulogy criou, cuidou e disponibilizou um tributo nacional ao 'trio verde', chamado Brazilian Static Noise.
São oito faixas em versões que dão as caras das bandas às canções originais e fazem com que o trabalho não seja apenas uma cópia das músicas do grupo. Participam do projeto as bandas Contra as Nuvens, Opinião Pública, The Disappearing Boys, Triz, DeLorean, Firstation, Contraplonge e Juventude Atômica. 
Escute o tributo aqui: http://www.tributegreenday.com/pt/ 

O Teatro Mágico volta a Salvador com o projeto Expresso MPB

Do iBahia Mundo Rock

A companhia musical O Teatro Mágico volta a Salvador no dia 9 de dezembro, às 16h, no Bahia Café Hall, na abertura do projeto 'Expresso MPB', onde completa sua trilogia com o show 'A Sociedade do Espetáculo'. A banda Scambo, comandada por Pedro Pondé, é a outra atração do evento.

No novo trabalho, O Teatro Mágico promete mostrar amadurecimento musical que alcançou desde 2003, ano em que entrou no cenário musical. A trupe de dez músicos e três artistas circenses se apresenta maquiada e vestida de palhaço para falar de um 'personagem interno' escondido em cada um de nós.
Vale ressaltar que o grupo já tem três discos gravados, três DVDs e mais de 400 mil CDs vendidos. O projeto mistura circo, teatro, poesia, música, literatura, política e cancioneiro popular é fenômeno de audiência na Internet, alguns milhões de downloads e views no YouTube.

Em autobiografia, Rod Stewart diz que usava cocaína por via anal

Do iBahia Mundo Rock


O cantor inglês Rod Stewart, 67 anos, assumiu em seu livro de memórias Rod: The Autobiography, que costumava usar cocaína por via anal. Ele diz que fazia isso porque se preocupava com o efeito em que as drogas poderiam causar em suas vias nasais e, consequentemente, em sua voz.
Rod afirma que comprava remédios para gripe e substituía o conteúdo das cápsulas por cocaína. Em outra passagem, Stewart comenta sobre sua primeira experiência sexual, aos 16 anos, com uma mulher mais velha, que seria lembrada no sucesso Maggie May. O astro pop assume que, quando era estudante, fingia estar doente para não ir às aulas de música. 
Para ser dispensado, ele preparava uma mistura de purê de batatas com cenoura e a espalhava no pátio da escola. Dizia então que havia vomitado e era encaminhado de volta para casa.

domingo, 28 de outubro de 2012

Noite Sem Fim Rock

- Quando: 24 de novembro, às 20h
- Onde: Bar da Kássia (Radial C - Camaçari)
- Quanto: R$5 
- Bandas: declinium, Riverman, Código em Sigilo, Latryna, Canalhas Rock e Cidadão Dissidente

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pato Fu fará show gratuito no Jardim de Alah em novembro

Do Correio*


O SESI Bonecos traz para Salvador, Recife e Fortaleza o espetáculo 'Música de Brinquedo', encenado pela banda mineira Pato Fu e pelo grupo de bonecos Giramundo. O show acontece em Salvador, no sábado, dia 24 de novembro, às 20h30, no Jardim de Alah e apresentará um repertório pop nacional e internacional interpretado por instrumentos de brinquedos. E o melhor: a entrada é franca.


A banda mineira está em turnê do disco 'Música de Brinquedo'


Datas da turnê:

Recife: 10/11 (sábado) – 20h30 – Parque 13 de Maio
Fortaleza: 17/11 (sábado) - 20h30 - Dragão do Mar
Salvador: 24/11 (sábado) - 20h30 - Jardim de Alah

Confira o que rolou no Planeta Terra


Do Cruzeiro do Sul

Fazer escolhas pode ser definido como a única preocupação do público do festival de música Planeta Terra deste ano. No último sábado, grande parte das 30 mil pessoas que foram até o Jockey Club, em São Paulo, teve que escolher quais shows assistiria, pois duas apresentações aconteciam em palcos diferentes, quase que simultaneamente.
O público se espalhou nos dois espaços do Jockey Club para ouvir e aproveitar o som de Far From Alaska - banda que abriu o evento após vencer o concurso "Som Para Todos", Madrid, Banda Uó, Mallu, Little Boots, Best Coast, The Maccabees, Suede, Azealia Banks, Garbage, The Drums, Gossip e Kings of Leon. Ainda, a banda Kasabian cancelou sua apresentação um dia antes do evento, ocasionando algumas alterações na programação do Sonora Main Stage, o palco principal.
A divisão dos públicos começou já no início da tarde com a eletrizante Banda Uó se apresentando no palco Claro Indie Stage, enquanto a voz calma de Mallu passava tranquilidade à plateia do palco principal. E, apesar das diferenças de ritmos das atrações, o clima foi o mesmo: chuva praticamente a tarde toda. Mas o tempo ruim não atrapalhou em nada e os músicos não deixaram de fazer a galera dançar e cantar.
Maccabees
A chuva só parou no fim da tarde, quando o sol resolveu aparecer, iluminando o show da banda britânica The Maccabees até a noite começar, quando o brilho ficou por conta das luzes coloridas do palco. O jornalista Leonardo Cardoso foi ao festival sem conhecer praticamente nenhuma das atrações e ficou admirado com o som dos britânicos. "A música dos The Maccabees é muito bem trabalhada e passa uma energia muito boa", comentou Cardoso.
Porém, para o professor de informática Renan Moura a atração mais impressionante foi a nova-iorquina Azealia Banks: "Durante todo o show ela passou muita energia e o público retornou isso à ela". E, realmente, com uma presença de palco única, vestindo um top com luzes de led e misturando eletrônico com hip hop, Azealia Banks fez a galera pular e dançar do começo ao fim. O ponto alto de sua apresentação foi ao som de "212", seu primeiro hit.
O publicitário Jung Wan Lamberti divide a mesma opinião com Moura: "O show da Azealia Banks foi o mais intenso e o mais dançante, mesmo tendo sido rápido". A apresentação da norte-americana foi a mais curta do festival e sua despedida foi corrida, pois a cantora precisou sair rapidamente do palco após um das alças de seu top se soltar.
E, no fim da noite, as atrações principais do festival dividiram o público em dois. Fãs dos Kings of Leon permaneceram no palco principal e os do Gossip ficaram no espaço do palco Claro Indie Stage. A banda Kings of Leon apresentou suas mais variadas músicas, desde seu primeiro CD "Youth & Young Manhood", com o sucesso "Molly"s Chambers", passando pelo disco de grandes hits "Only By The Night", com as famosas "Use Somebody" e "Sex On Fire", e pelo seu último disco "Come Around Sundown", com as músicas "Radioactive" e "Back Down South".
Para Leonardo Cardoso, Kings of Leon apresentou um ótimo setlist. "Eu nunca tinha visto nada ao vivo da banda, apenas ouvido suas músicas. E eles escolheram as músicas muito bem e mantiveram um bom padrão de músicas animadas."
Kings of Leon
Enquanto isso, Gossip animava a galera no palco ao lado. A vocalista Beth Ditto, conhecida por seu jeito polêmico e excêntrico, surpreendeu desde o começo, ao entrar no palco cantarolando "oioioi", trecho da música de abertura da última novela das oito de Globo "Avenida Brasil", tirando risos de seus fãs. Beth Ditto apresentou clássicos como "What"s Love Got To Do With It", da Tina Turner, e "La Isla Bonita", de Madonna, e arrasou com seu maior hit "Heavy Cross". "Ela foi muito simpática e ainda se esforçou para aprender o português. Por exemplo, sempre que ia beber sua caipirinha, ela virava ao público para brindar e dizia no microfone saúde", pontuou o professor de informática, Renan Moura.
O Planeta Terra Festival teve um público variado, de estilos diferentes. Havia pessoas experientes em festivais e os novatos, como Jung Wan Lamberti. "Foi o primeiro festival que fui e adorei o clima. Mesmo com a chuva, me diverti e aproveitei. E, agora não paro mais", falou o publicitário, animado com os próximos festivais. Mas, com a melhora das organizações desses eventos e a variedade de atrações nacionais e internacionais, quem é que não fica animado?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Bandas independentes nacionais se reúnem em Salvador no festival "Bigbands"

Do Metro1


Promovendo o encontro entre gerações de bandas independentes nacionais, o Fesival "Bigbands" chega a sua 5º edição e acontece em Salvador entre os dias 26 de outubro e 1º de novembro.
Serão quatro noites temáticas com shows de grupos de indie rock, punk rock, metal e instrumentais no Pelourinho. O encerramento da programação musical acontecerá no Rio Vermelho, com shows das bandas Macaco Bong (MT), Tentrio (BA), Vendo 147 (BA), e discotecagem do DJ BigBross. 
As apresentações no Centro Histórico acontecem nos dias 26, 27 e 28, na Praça Tereza Batista, com entrada franca. Entre os destaques estão a banda Cabruêra (PB), que faz show na sexta (26), os metaleiros da  Headhunter D.C (BA), no sábado (27), e Graforréia Xilarmônica (RS), que fecha a noite de domingo (28). 

Programação educativas O Festival ainda vai apresentar uma série de projetos educativos. O primeiro, 'Bigbands vai à escola', acontece a partir do início de outubro e vai levar oficinas de breakdance, DJ, graffite e MC para estudantes das escolas municipais de Salvador. 
O projeto "Encontro de Formação Unicult - Bahia" acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro e tem o objetivo de trocar experiências entre educadores, artistas, gestores e pesquisadores nas áreas de educação e cultura, para a construção de iniciativas conjuntas no marco da Universidade das Culturas (Unicult) no estado.


Confira programação completa do festival:
Sexta-feira (26), a partir das 20h
Atrações: Fúria Consciente (BA), Irmão Carlos e O Catado (BA) e Cabruêra (PB)
Entrada gratuita

Sábado (27), a partir das 17h
Atrações: Hessel (BA), Festenkois (MG), Bestiário (BA) e Headhunter D.C (BA) Quanto - Entrada gratuita
Entrada gratuita

Domingo (28), a partir das 17h
Atrações: Gozo de Lebre (BA), Tangerina Jones (Feira de Santana), Modus Operandi (BA), Messias (BA) e Graforréia Xilarmônica (RS)
Entrada gratuita

Quinta-feira (1º de dezembro), a partir das 23h
Festa de encerramento do Festival Bigbands
Onde: Portela Café
Atrações - Tentrio (BA), Vendo 147 (BA), Macaco Bong (MT) e DJ BigBross (BA) 
Ingressos: R$20

O lado cult do Raça Negra

Por Emile Lira


Nessa onda de coletâneas com bandas indies homenageando ´'ícones' do gênero - como o Is This Indie, regravação do disco dos Strokes, e Re-Trato, comemorando os 15 anos de Los Hermanos -, o mais novo grupo a ser homenageado pode até soar estranho. É que o Fita Bruta, site especializado em música, preparou um tributo a banda de pagode Raça Negra. 
O Jeito Felindie, como foi intitulado o álbum, reúne as bandas hidrocor, Amplexos, Nevilton, Radiovernes, Harmada, Giancarlo Rufatto, Minha Pequena Soundsystem, Vivian Benford, Nana, Orquestra Superpopular, Letuce e Lulina, entoando clássicos como Vida Cigana, Cheia de Manias e Quando Te Encontrei. 
A empreitada vem com a missão de aproximar dois 'mundos' ditos contraditórios: a música indie e a popular. Mas olhando de perto, parece que eles têm mais em comum do que se imagina. Que se negue, que viremos a cara, mas os pagodes românticos - daqueles cantados em karaokê - faz parte das lembranças emocionais de muita gente por aí. Entre folk, pop rock, garage, pop, reggae e samba, as letras que eram cantadas por Luiz Carlos não soam nada dissonantes. Confiram e baixem as faixas aqui.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Kings of Leon irá lançar disco 'mais cedo ou mais tarde'

Da MTV Br

Grupo headliner do festival Planeta Terra, que acontece no próximo sábado (20)

Os roqueiros caipiras do Kings of Leon chegarão ao Brasil para o Planeta Terra com um novo repertório na gaveta. Em entrevista à BBC 6Music, o baixista Jared Followill alertou os fãs de que o novo disco, já em processo de composição, deve sair "mais cedo ou mais tarde".

"Estamos agora no processo de composição, e ele tem se dado de forma muito rápida. Nós definitivamente entraremos em estúdio, mas vocês sabem que não temos planos de finalizar o disco ainda este ano, mas com certeza no começo do próximo, então acho que as pessoas devem esperar por algo nosso mais cedo ou mais tarde", revelou Jared.
Ainda sem nome, o novo álbum será o sexto de estúdio na carreira do Kings of Leon, sucedendo o 'Come Around Sundown', de 2010.
A banda se apresenta no Brasil no próximo sábado (20), como headliner do festival Planeta Terra, que acontece no Jockey Club, em São Paulo. 







terça-feira, 16 de outubro de 2012

Bruce Springsteen, Metallica e Iron Maiden são confirmados no Rock in Rio 2013


Da Rolling Stone Br


Aos pés do Cristo Redentor, Roberto Medina, criador do Rock in Rio, anunciou mais três bandas que estarão presentes na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, na quinta edição do festival. Desta vez, são nomes peso-pesados: Metallica (foto), Bruce Springsteen e Iron Maiden.
O festival será realizado nos dias 13, 14, 15, 19, 20 e 21 de setembro, na zona sul do Rio de Janeiro. Medina havia confirmado anteriormente a presença de George Benson, Ivan Lins, Sepultura e Tambours du Bronx.
No dia 30 de outubro, começam a ser vendidos os Rockpass, um voucher que poderá ser trocado para um dos seis dias de festival, no valor de R$ 260. A partir de 1º de março, os ingressos já estarão disponíveis.
Nesta nova edição, a direção do festival decidiu baixar em 15 mil entradas para cada dia de Rock in Rio, totalizando 85 mil pessoas diariamente – vale lembrar que, ano passado, o conhecido como dia do metal, com Metallica, vendeu 100 mil.
Springsteen já era um sonho de Medina e foi escalado para se apresentar na versão em Lisboa, deste ano. "Foi um show impressionante", disse o criador do Rock in Rio após o anúncio. "É um grande nome da música musical". O site oficial do músico comemora o retorno ao Brasil com a E Street Band, 25 anos após sua primeira e única passagem.

sábado, 13 de outubro de 2012

Baixista da Retrofoguetes anuncia disco inédito em carreira solo

Do iBahia Mundo Rock

O músico CH Straatmann, baixista da Retrofoguetes, anunciou um novo projeto em carreira solo, nesta segunda (8). Intitulado 'Efecto Vertigo' e voltado para a música afro-cubana, a novidade acontece em paralelo aos trabalhos da banda. As gravações começam na próxima semana.
De acordo com CH, que completa 18 anos de carreira em 2012, o álbum valoriza o diálogo entre contrabaixo e percussão em nove faixas autorais inéditas, enfatizando gêneros como salsa, mambo, cumbia e bolero. Também participam do projeto o produtor musical Jorge Solovera e o renomado percussionista Rudson Daniel (Banda EVA).

Em sua página oficila , o baixista mostrou-se confiante com o sucesso do novo trabalho. "Espero que vocês gostem, tem sido uma experiência maravilhosa e desafiadora transitar pelo universo da música latina", declarou. A previsão de lançamento do disco ainda não foi divulgada.
A 'Retrofoguetes' está prestes a também entrar em estúdio para gravar o terceiro disco autoral, que está sendo chamado de 'Dramascope Vol. 1'. O último álbum do grupo, 'Chachachá' (2009), recebeu prêmios da crítica especializada e entrou na lista dos 25 melhores discos da revista Rolling Stone Brasil, no seu ano de lançamento.

Livro 'As Cartas de John Lennon' chega às lojas no dia do aniversário do ex-Beatle

Do iBahia Mundo Rock

Gênio, beberrão, misantropo, romântico inveterado, mártir, marido submisso – as várias facetas do Beatle John Lennon ganham vida em 'As Cartas de John Lennon' - coleção completa de sua correspondência que chega às lojas nesta terça-feira(9), no dia em que John completaria 72 anos.
A coleção, concebida por Hunter Davies, o único biógrafo autorizado dos Beatles, é em parte um agrado aos beatlemaníacos, em parte o retrato de uma das personalidades mais cativantes da história do rock. Entre suas pérolas estão as cartas que um apaixonado e carente John trocava com futura esposa, Cynthia, enquanto os Beatles aperfeiçoavam suas canções na zona de baixo-meretrício de Hamburgo; uma perversa troca de farpas com Paul McCartney depois do fim do grupo; e veementes cala-bocas em críticos, ativistas e músicos.
A primeira coisa a vir à tona são as complicadas relações que John tinha com as mulheres. Sem pai, órfão aos 18, John encontrava a salvação - ou a perdição - nos braços de mulheres como Cynthia Powell, seu primeiro grande amor, para qual escrevia, ainda aos 18 anos, cartas de amor adolescente.

Uma delas ocupa uma página inteira com a frase I Love You, que tem o mesmo tipo de paixonite de outra carta, escrita anos depois, quando John já se separara de Cynthia e casara-se com Yoko, em que uma série de perguntas de uma revista holandesa, sobre cantores, filmes, cores e hábitos é respondida com a palavra "Yoko", e as respostas de Yoko com a palavra "John". 
Os desenhos de John e Yoko, e de Cynthia e John também costuram a narrativa do artista apaixonado, pronto para entregar sua autonomia a mulheres fortes.
As brigas com Paul McCartney depois que os Beatles se separaram, em 1970, têm um capítulo próprio. Neste se encontra a carta mais impressionante do livro. John dispara contra Paul e sua mulher, Linda: "Eu espero que vocês percebam a merda que vocês e o restante dos meus amigos ''amáveis e abnegados'' jogaram em Yoko e em mim, desde que estamos juntos. 
Nós dois ''nos elevamos acima disso'' algumas boas vezes - e perdoamos vocês dois -, então é o mínimo que podem fazer por nós, seus nobres. Linda - se você não liga para o que eu digo - cale a boca! - deixe Paul escrever - ou algo assim". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Velotroz lança teaser de clipe novo

Por Faustino Menezes


Com pré-lançamento previsto pra ser lançado dia 18 de outubro, às 20h00, na Sala Walter da Silveira, o clipe novo da Velotroz ganhou hoje um teaser de 32 segundos. O pré-lançamento ocorrerá durando o 'XV Festival Nacional 5 Minutos'. A reprise da pré-estreia acontecerá um dia depois, no dia 19, às 16h, no mesmo local. 

A música também é nova, "Espelho de Alice", que deverá estar na track-list do 1º álbum da banda soteropolitana. 

O clipe é uma parceria de Nathalia Miranda e Gabriel Lima. E o teaser você vê abaixo:


Teaser Espelho de Alice - Banda Velotroz from Nathalia Miranda on Vimeo.

O último clipe da Velotroz foi o "Eu, Robô" do EP 'Parque da Cidade' e teve a direção de Liz Ricardo e Nívia Reis. Clique aqui pra assistir!

A Velotroz é formada por Giovani Cidreira (voz e violão), Silvio de Carvalho (guitarra), Tássio Carneiro (teclado e violão), Caio Araújo (baixo), Maicon Charles (bateria) e Filipe Castro (percussão). A banda tocou no Dia Mundial do Rock aqui em Camaçari junto com a Vivendo do Ócio, Camarones Orquestra Guitarrística, Pastel de Miolos, entre outras, e nós entrevistamos Giovani alguns dias antes desse show (clique aqui pra ler).

A espera agora é pelo próximo show na terra da árvore que chora!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Jack White lança clipe com duas versões de si próprio frente a frente

Da MTV Br


Jack White lançou mais um clipe derivado de seu primeiro trabalho solo 'Blunderbuss'. A faixa escolhida foi 'I'm Shakin', canção clássica do R&B americano composta por Rudy Toombs que o cantor Little Willie John tornou famosa nos anos 60 – confira aqui a versão original.

No vídeo, Jack White fica cara-a-cara com uma versão oposta de si mesmo, cada um dos 'Jacks' acompanhado por uma banda feminina ou masculina, um de azul e outro de preto, como um espelho complementar.
Confira 'I'm Shakin':

O single será lançado em vinil dia 30 de outubro, com a inédita 'Blues on Two Trees' como lado b.
O vinil estará disponível com duas capas diferentes, confira: 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A estratégia dos grandes: os problemas atuais da maior fabricante de guitarras do mundo


Do Estadão

Empresa produz uma das mais famosas guitarras do mundo

Em 1948, um técnico de rádio chamado Leo Fender juntou um pedaço de madeira do tipo Ash a outro do tipo Maple e o conectou a um captador. O resto da história vocês conhecem. Ao menos já ouviram parte dela pelas guitarras de Buddy Holly, Jimi Hendrix, George Harrison, Keith Richards, Eric Clapton, Bruce Springsteen, Kurt Cobain e tantos outros. É o som de uma guitarra elétrica Fender.

A empresa criada pelo técnico de rádio – agora conhecida como Fender Musical Instruments Corporation – é a maior fabricante de guitarras do mundo. Sua Stratocaster, lançada em 1954, ainda é uma das mais vendidas e virou sinônimo de rock ’n’ roll.

Mas esse coração do rock já não pulsa mais como antigamente. Assim como muitas outras fabricantes americanas, a Fender luta para se manter numa economia em crise. Neste ano, as vendas e os lucros caíram. Afinal, uma Stratocaster é o que os economistas chamam de produto de consumo supérfluo. 

Mas o problema não é só macroeconômico. A Fender, sediada em Scottsdale, Arizona, também foi atingida por forças poderosas em Wall Street. Dona de quase metade da fabricante de guitarras, a empresa de investimentos Weston Presidio está atrás de uma saída. Em março, ela pressionou a Fender a abrir o capital provocando boatos de que a empresa seria vendida. A situação foi constrangedora porque os investidores se mostraram hesitantes. Eis o “x” da questão.

Os tempos mudaram e a música também. Nos anos 50, 60 e 70, as guitarras elétricas alimentavam o rock e a música pop. Hoje, mesas e baterias eletrônicas produzem hip-hop. Jogos de vídeo game como Guitar Hero ajudaram a sustentar as vendas, mas os adolescentes que antes desejavam desesperadamente uma guitarra, agora fazem música nos laptops. 

Durante a crise, a venda de todos os tipos de instrumentos musicais despencaram, e ainda não se recuperaram totalmente. No ano passado, esse mercado movimentou US$ 6,5 bilhões – 13% menos do que o auge, em 2005. Sem contar que as guitarras chinesas custam uma pequena fração de uma Fender.

Embora já produza linhas mais baratas no exterior, o fato é que a fabricante está com as margens pressionadas. As dificuldades financeiras também já atingiram outra empresa americana do setor, a Guitar Center, maior cadeia de lojas de instrumentos musicais do mundo. Assim como a Fender, ela é controlada por um fundo de private equity – a Bain Company.

A Guitar Center é responsável por cerca de um sexto das vendas da Fender – e os vínculos entre as duas são profundos. O diretor executivo da Fender, Larry Thomas, dirigia a Guitar Center. Ele vendeu a empresa em 2007 para a Bain por US$ 2,1 bilhões. Desde então, a varejista vem perdendo dinheiro. A Moody’s já rebaixou a classificação de risco da companhia duas vezes. 

História. Em 1965, Leo Fender vendeu sua empresa para a CBS por US$ 13 milhões. Os cortes de custos que vieram a seguir levaram a uma queda considerável da qualidade e das vendas. Ao mesmo tempo, a japonesa Yamaha ganhou mercado com guitarras de qualidade e muito mais baratas. Em 1980, os problemas chegaram ao ápice quando a Fender registrou um prejuízo de US$ 10 milhões com apenas US$ 40 milhões de vendas. “Em 1970, ninguém queria um instrumento musical Yamaha, mas em 1980 a companhia começou a dominar o mercado”, diz Bill Mendello, ex-diretor da Fender e hoje membro do conselho. “E, francamente, elas eram mais bem feitas e muito mais baratas do que as produzidas nos EUA.”

Nos anos 80, Mendello, na época um dos altos executivos da divisão de instrumentos musicas da CBS, e Bill Schultz, então presidente da Fender, elaboraram um plano para salvar a empresa, que previa investimentos de US$ 50 milhões em cinco anos e a reorganização da área de marketing. Três anos depois de o plano estar em vigor, a nova administração da CBS decidiu vender a divisão de música.

Como a Fender perdia dinheiro, havia poucos compradores. A CBS chegou a pensar na possibilidade de liquidar a empresa, mas Schultz e Mendello colocaram em ação um outro plano, que finalmente tirou a empresa do vermelho. A empresa recuperou a qualidade e começou a fabricar guitarras internacionalmente, principalmente no Japão e na Coreia do Sul. Leo Fender morreu em 1991 aos 81 anos. Dez anos depois, a Weston adquiriu uma participação de 43% da Fender por US$ 58 milhões.

Crise. Mendello diz que a recente recessão foi mais crucial para a Fender do que as crises passadas. “Todo o setor musical foi profundamente afetado”, afirma. “As pessoas tinham medo de comprar ou de fazer qualquer coisa porque não sabiam se teriam um emprego.” A companhia foi afetada também pela crise econômica na Europa, continente que representa 27% das vendas.

Além de já ser vista com desconfiança por analistas de Wall Street por causa da queda das vendas, a empresa virou alvo de críticas por ter feito um mau negócio em 2008. Naquele ano, a Fender comprou a KMC Music, uma distribuidora de instrumentos musicais que vêm apresentando margens de lucro muito baixas. 

Foi nesse contexto, que a empresa tentou abrir o capital em março deste ano. O negócio levaria à companhia a um valor de US$ 396 milhões. Parece pouco se comparado ao valor do Facebook, mas é um preço alto para uma empresa do tamanho da Fender. Banqueiros e investidores acharam graça. A empresa tentava abrir o capital como uma companhia “de crescimento” embora suas vendas estivessem declinando. “Era um absurdo”, diz Arnold Ursaner, presidente da CJS Securities.

Em Wall Street, comentava-se que a Weston estava forçando um preço alto demais. Os executivos da Weston não quiseram comentar o fato. “Eles tinham a esperança de que ninguém prestasse atenção para a tendência negativa das vendas”, diz Ursaner. Nos documentos apresentados para a oferta pública inicial, a Fender mostrou que havia condições de crescer com a futura venda para mercados emergentes, o aumento de acordos de licenciamento e de compartilhamento de marcas e aquisições estratégicas.

Apesar da situação embaraçosa, Mendello não descarta uma futura oferta pública. Segundo ele, a Fender deve tentar abrir o capital mais cedo do que se imagina, porque cerca de US$ 237 milhões dos seus US$ 246 milhões em dívida de longo prazo vencerão em 2014. Mendello, que possui 4,8% da Fender, afirma que nem ele nem os outros acionistas da companhia estão preocupados em lucrar. “Faremos o que for bom para a Fender.” 

Tradução: Anna Capovilla

sábado, 6 de outubro de 2012

Primeiro single dos Beatles, “Love Me Do” completa 50 anos

Do Rolling Stone Br


Em 5 de outubro de 1962 chegava às lojas britânicas "Love Me Do", o primeiro single dos Beatles. Na época, alcançou o número 17 das paradas locais – mesmo com o empresário do quarteto, Brian Epstein, encomendando 10 mil cópias para a loja dele, em uma tentativa de manipular o sucesso. Relançado em 1982, foi até o número 4. Já nos Estados Unidos, dois anos depois, chegou ao topo.


“’Love Me Do’ éramos nós tentando tocar blues”, explicou Paul McCartney ao escritor Mark Lewisohn no livro The Beatles Recording Sessions. “Ficou mais branco porque sempre fica. Somos brancos e éramos músicos de Liverpool. Não tínhamos finesse alguma para soar como negros. Mas ‘Love Me Do’ foi provavelmente a primeira coisa mais blues que tentamos fazer.”

Mas não é isso o que importa: esse compacto, com “P.S. I Love You” no lado B, é a pedra fundamental da banda que mudaria a história do rock, da música e do mundo. Na época, foram feitas três gravações de "Love Me Do": a primeira, com Pete Best na bateria. O produtor George Martin não aprovou e Best foi demitido (embora até hoje ainda haja muito debate sobre o motivo do desligamento do músico). Tentaram uma versão com Ringo Starr na bateria, mas Martin também não gostou. A solução foi convocar o baterista de estúdio Andy White (mas Ringo tocou pandeiro - ou, para os mais puristas, pandeireta). “Quando ele chegou, eu estava preparando a minha bateria”, contou White ao escritor Howard Sounes no livro Fab – A Intimidade de Paul McCartney. “Ele obviamente pensou: ‘Essa não! Agora está acontecendo comigo!’.

“George Martin não achava que o Ringo fosse um bom baterista”, disse Paul McCartney ao biógrafo Mark Lewisohn em The Beatles Recording Sessions. “Em todos aqueles discos de Lita Roza e Alma Cogan que estavam na moda logo antes de nós, os bateristas eram bons performers, então os produtores estavam acostumados a ouvir o grave do instrumento no lugar certo, encaixados no baixo como agora. Nós não ligávamos para isso.” E continua explicando a seleção de White: “Não estávamos acostumados com aquele tipo de baterista profissional como Andy White, e George obviamente achava que Ringo estava [tocando] um pouquinho fora do tempo, um pouco sem manter o ritmo.” Segundo McCartney, “foi muito humilhante” para Ringo Starr tocar apenas pandeiro na gravação. Por outro lado, o engenheiro de som Norman Smith indica outra possibilidade para a troca de bateristas: o próprio baixista do grupo. “Tenho impressão de que Paul McCartney não estava satisfeito com a bateria de Ringo, e achava que poderia ser melhor”, revelou em The Beatles Recording Sessions.

O vai-e-vem de bateristas não foi o único ponto de tensão nas gravações de “Love Me Do”. Antes disso, os Beatles já haviam rejeitado a sugestão de George Martin, que acreditava que o quarteto deveria gravar a faixa “How Do You Do It?”, composta por Mitch Murray. E, mais tarde, já nas gravações de “Love Me Do” no estúdio Abbey Road, em Londres, McCartney teve um pequeno ataque de pânico ao ser convocado a cantar parte da letra, já que John Lennon estaria tocando gaita. “Estávamos fazendo ao vivo, não havia overdubbing de verdade”, explicou McCartney a Lewisohn. “E de repente me deram um momento gigantesco, no qual tudo parava, o foco ia para mim e eu [em uma voz tremida]: ‘love me doooo’. Ainda consigo ouvir a tremida quando escuto a gravação! Eu estava apavorado.”

A versão com Best só saiu no primeiro volume de
 Anthology, a com Ringo está no single e em Past Masters (e na coletânea Rarities, inédita em formato digital) e a terceira, com White, é a de Please Please Me (1962, o primeiro álbum da banda). Uma curiosidade: depois de 1963, a EMI decidiu que a versão com Andy White na bateria seria a única opção nas reedições do single. A solução para garantir isso? A fita master com Ringo na bateria foi destruída.

Décadas mais tarde, Ringo Starr lançaria uma versão solo - no disco Vertical Man (1998) - para tirar um barato da situação. Na versão de Ringo, Steven Tyler toca gaita e faz backing vocals. Uma vingança bem humorada.

A EMI havia planejado uma reedição comemorativa do single "Love Me Do" em vinil, como aperitivo do lançamento das versões remasterizadas dos álbuns nesse formato, no mês que vem - mas aparentemente houve um erro e o disquinho foi cancelado e retirado da venda no site dos Beatles. O motivo, segundo o site Beatles Bible, é que a gravadora errou e prensou os singles com a versão de Andy White, não a de Ringo. Aos 50 anos, "Love Me Do" ainda faz história.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Como confiar no indie rock

Do Obvious

“Haters” podem odiar, “hipsters” podem adorar, e fãs puristas podem considerá-lo o patinho feio do mundo da música. Mas, acredite, hoje o famigerado Indie Rock pode ser avaliado em mais do que simplesmente barulho de guitarras distorcidas feito por alguém que não sabe o que está fazendo. Pegue seus fones de ouvido, dê uma chance a esse estranho ser sonoro com este artigo, e você poderá ser agradavelmente surpreendido.

Você se lembra de quando, há muitos anos atrás, as bandas subiam no palco com visuais extravagantes e tocavam performaticamente por horas a fio com sons progressivos, intermináveis e complexos? Não, ninguém está sendo chamado de velho aqui, mas quem pesquisar um pouco mais sobre o assunto verá que é verdade. Naturalmente isso já dividia opiniões naquela época e fazia garotos revoltados combaterem tal espetacularização musical, empunhando instrumentos mesmo sem saber tocar, e meio sem querer revolucionando o mundo com três acordes. Bom, este é o nascimento do punk, certo? Então o que isso tem a ver com o Indie rock? Paciência: para confiar em algo, é necessário saber primeiro sua história.
Para muitos, pode ter sido o calor do momento como foi para Asia (entendedores entenderão), mas da filosofia do “faça você mesmo” que o rock anarquista criou surgiu outra cultura, a da produção independente. Onde? Reino Unido logicamente, com Buzzcocks em 1976 (sim, o Britpop é mais antigo do que se pode imaginar). Então foi questão de tempo até que bandas mais periféricas adotassem a ideia, seja pelo excesso de vontade, pela falta de talento, ou pela não aceitação - por não se enquadrar em nenhum estilo criado pelo público e pela crítica. E, fim. Divertido, não? Calma: agora, mesmo superficialmente, está explicada a história do Indie Rock. Então eis não um grande guia, mas um pequeno lembrete mostrando que ele pode ser legal.
Vamos aos motivos para dar uma chance à produção underground. Se você gosta de dançar, muitas bandas independentes fazem um ótimo trabalho com melodias cativantes e divertidas. Se você duvida, experimente ouvir algumas doses da talentosa banda Telekinesis, formada em 2009, liderada pelo baterista e vocalista Michael Benjamin Lerner, com bateria e guitarras marcantes e eventuais teclados embaladores. Ou, se preferir, volte alguns anos no tempo e descubra Say Hi, de 2002, que conta com riffs de guitarra realmente melódicos e agradáveis, que acabam por somar bastante ao vocal meio átono de Eric Elbogen.

Mas se o seu interesse é virtuosidade e elaboração intrincada de acordes, alegre-se, isso também existe no planeta indie. Basta lembrar-se das distorções de J. Mascis e sua voz melancólica do Dinosaur Jr, que veio agitar as estruturas da música em 1984, e continua com belas composições até hoje. Se por acaso achar muito barulhento, tudo bem. Provavelmente, foi pensando nisso que em 1999, no Canadá, Carl Newman criou The New Pornographers, que tratou da trazer ao mundo os espectadores com muita teoria e prática musical em todos os instrumentos, prezando pela pureza no som. E se não foi, ah, a banda é ótima assim mesmo.


Já se você for um tipo profundo, cuja preferência sonora envolva letras instigantes e reflexivas, existem, no mínimo, duas opções. Uma delas é Rilo Kiley, de 1999, que, comandada pela atriz e música Jenny Lewis, traz muito no que pensar com mensagens de experiências passadas e observações sobre sentimentos e sensações. Outra bela opção é ir direto para o Brooklin e ouvir Craig Finn entoar hinos meio cantados e meio falados como frontman de The Hold Steady, de 2004. Mesmo perdendo com a saída do tecladista Fran Nikolai, o grupo ainda traz em suas canções alguns dos pensamentos mais interessantes do novo século, incluindo uma visceral opinião sobre a natureza humana e a realidade das coisas.

Cansado? Justo agora? Sim, eis um grande momento que provavelmente quase todos estavam esperando: o já citado Britpop. Sendo famigerado como é, provavelmente é uma ligação lógica praticamente unânime quando se fala do underground. Mais do que os grupos mais populares, como The Kooks e The Arctic Monkeys, existem outras bandas notáveis. Por exemplo, o trio de irmãos da Inglaterra The Cribs anima o som independente desde 2002. Em 2003, surge One Night Only, um simpático quinteto de Hemsley. Já em 2006, outro trio começa seu repertório de grandes composições, o The Enemy. Não menos importante, no mesmo ano The Rifles traz mais um exemplo da boa música do Reino Unido.


E por último, mas longe de ser por fim, existe o paradoxal Indie Rock que não possui classificação dentro do próprio estilo. Entre eles, vindas diretamente da Suécia estão as meninas do Those Dancing Days, formadas em 2005 com uma identidade musical própria e inegavelmente original. No ano seguinte surge Fanfarlo, embalada por trompetes, poesias e um estilo muito particular. Estas pérolas podem ser consideradas sucessoras de pioneiros como o grupo Modest Mouse, que em 1993 também entraram neste curioso hall, com uma gama de instrumentos e melodias únicas.
E assim termina esta excursão e jornada quase espiritual. Lógico, este é apenas um arranhão na superfície do underground, mas pode ser considerado um bom começo, não? De qualquer forma, há muito mais o que citar e o que se descobrir musicalmente, não só no Indie Rock, mas em todos os bons gêneros. E não se esqueça: alheio aos gostos e preferências de cada um que ler este artigo, as bandas aqui citadas só refletem as características de um estilo, não quer dizer que sejam melhores ou piores. Se você for legal com o underground e mantiver os ouvidos e o coração abertos, poderá encontrar mais uma razão sonora para viver.

Paralamas do Sucesso fará show na Concha Acústica em outubro

Do iBahia Mundo Rock

Os Paralamas do Sucesso estão com data marcada para uma nova apresentação ao público de Salvador. O show será no sábado (27), às 18h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves - TCA. Os valores dos ingressos vão custar R$80 (inteira) e R$40 (meia).
No repertório, a banda ícone do rock nacional deve relembrar sucessos como 'Alagados', 'Bora-bora' e 'Meu erro'. O show de abertura fica por conta da cantora, compositora e guitarrista baiana Thathi.

Banda Autoramas (RJ) confirma novo show em Salvador

Do iBahia Mundo Rock

Depois de completarem a nona turnê pela Europa, a banda carioca Autoramas está de volta e confirma novo show na capital baiana. A apresentação da trupe comandada por Gabriel Thomaz marca a estreia do projeto 'Traz de Fora' do produtor Leandro Berbert, responsável pelos shows do Portela Café (Rio Vermelho). O evento acontece na sexta-feira, dia 12 de outubro, às 23h, com ingressos sendo vendidos a R$25 (na bilheteria) e R$20 (lista amiga no site).

Um dos mais bem sucedidos grupos de rock do atual cenário musical do país, já se apresentou para o público baiano em diversos locais, como o Pelourinho e até em trio elétrico durante o Carnaval, como convidados do trio Foguetão ao lado dos Retrofoguetes, em 2009. A banda atualmente é composta por Gabriel Thomaz (voz e guitarra), o ex-Planet Hemp Bacalhau (bateria) e Flávia Couri (baixo). Formado em 1997, a banda tem influências de rockabilliy, surf music, jovem guarda e punk rock. 


Turnê 2012
Depois de catorze shows por Portugal, Holanda, Suíça e Alemanha o grupo traz na bagagem a versão em vinil do seu mais recente álbum, Música Crocante, que, segundo os Autoramas, "reflete uma nova e produtiva fase de amadurecimento musical do grupo". O disco vem recebendo boa aceitação pela crítica especializada, figura entre os dez melhores discos nacionais de 2011 pela Revista Rolling Stone Brasil e pelo site Rock Press, além de ter sido eleito o melhor disco do ano pelo site Rock em Geral. 
A canção 'Domina' também ficou entre as melhores músicas de 2011 pela Rolling Stone Brasil e levou o título de melhor música pelo site Rock em Geral. O show da turnê de lançamento do disco foi destaque na lista 'melhores espetáculos de 2011' da Revista Bravo.
O Autoramas já tocou no Japão, na Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Suíça, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Argentina, Peru, Uruguai, Chile e no Brasil em quase todos os estados. Lançaram seis álbuns e um DVD, além de um monte de singles, compactos, EPs para download e coletâneas ao redor do mundo. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Músicas do Ira! e intimismo marcam show de Nasi em Camaçari

Por Emile Lira
Nasi (créditos: Marilton Trabuco)
Para comemorar o Dia Municipal do Rock, que foi lá em 21 de agosto, o foyer do novíssimo Teatro Alberto Martins foi tomado, no último domingo (30), pelo rock n'roll. Com o evento, que tinha sido adiado anteriormente por motivos burocráticos, a Cooperarock mostrou que a cena na cidade vem ganhando novo fôlego. 
Prova disso é a diversidade das bandas que tocaram. A abertura da noite ficou por conta da The Pivo's, o trio power punk tarimbado no cenário alternativo local já há algum tempo não se apresentava em eventos na cidade, e com o show reafirmou a energia e qualidade sonora. Mesmo que comprometida por falhas técnicas no som (o que encurtou o show), a banda fez dançar o público que ainda chegava tímido. 
O pop rock também teve lugar garantido quando Rege FX tocou. Com guitarra distorcida e o som mais 'sujo' que o habitual, o cantor assumiu-se como rock n'roll, conquistando os presentes, seja com canções autorais ou com versões de músicas como 'Tente Outra Vez', de Raul Seixas. Também tocando pop rock, a Diário Urbano, banda que vem ganhando espaço nos últimos rock's, levou uma legião de fãs, que cantavam e pulavam efusivamente com cada canção. 
Um grande destaque da noite foi a Moby Dick, que apresentou no palco um vocalista performático e cheio de estilo, entoando clássicos do hard rock, completada com os competentíssimos músicos que formam a banda. Foi o ponto alto da festa, seja com o público 'gladiando' ou pulando fervoroso, a Moby Dick esquentou a noite com um som veemente e extremamente bem feito.
Moby Dick (créditos: Juliano Sarraf Taron)
A próxima foi a Ladrões Engravatados. Com um show curto, mas eficiente, a banda, que também não se apresentava há algum tempo em eventos locais, além de versões inusitadas, como 'O Brega de Leila', de Zéu Britto, tocou conhecidas músicas autorais, como 'Folhetim' e 'Pega Ladrão'.
Depois, a atração mais esperada do evento se apresentava. Nasi, ex-vocalista do Ira!, acompanhado por excelentes instrumentistas na guitarra, baixo, bateria e teclado, relembrou velhas canções da extinta banda, não ficando de fora do repertório sucessos como 'Envelheço na Cidade' e 'Eu Quero Sempre Mais'. Com um show enérgico, Nasi, que conversava a toda hora muito simpático com a galera, cantou também músicas de seu trabalho solo, como 'Por Amor', 'Tarde Vazia' e 'Eu Só Poderia Crer', além de uma versão de 'O Tempo Não Para'. Em clima intimista, banda e público trocavam a mesma sinergia, entoando junto as letras, sobretudo do Ira!
Para encerrar o evento, foi a vez da Clube de Parifes, que se apresentava em uma versão nova: contrabaixo acústico, e ao invés de guitarra elétrica, três violões. Com esse estilo, a banda liderada por Pablues mostrou o bom e velho blues, e mesmo que com público muito mais reduzido, o grupo fez um show empolgante e de muita qualidade.